Page 21 - Revista EAA - Edição 102
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na conectividade e dispersão estratégica de atividades in- a autonomia dos portos. O bloqueio no Canal de Suez
dustriais. Alguns portos buscam diversificação através da ressaltou a importância estratégica dos portos na segu-
criação de economias de escala ou por meio de cooperação, rança e na eficiência das cadeias de fornecimento globais.
que variam desde acordos simples até fusões completas. Garantir a agilidade dos gestores portuários e criar um
Essa cooperação pode envolver tanto outros portos quanto ambiente legislativo e governamental facilitador são im-
partes interessadas externas, com o objetivo de aproveitar perativos essenciais.
conhecimentos externos e mitigar riscos.
SEGURANÇA DA SAÚDE
COOPERAÇÃO CIDADE-PORTO A pandemia de COVID-19 trouxe novos desafios, es-
A colaboração entre portos e cidades é vital, especial- pecialmente para o tráfego marítimo de passageiros (ferries
mente porque muitos portos estão integrados aos centros e cruzeiros). Além das preocupações com sustentabilidade,
urbanos. A comunicação, eventos conjuntos e troca de a segurança sanitária emergiu como um catalisador para in-
experiências são fundamentais para o desenvolvimento vestimentos adicionais.
futuro. É crucial intensificar a integração cidade-porto,
reconhecendo o papel dos portos na mobilidade urbana, lo-
gística, geração de energia sustentável, criação de empregos NOVAS LEGISLAÇÕES
e promoção da inovação.
CONECTIVIDADE
A conectividade entre navio e terra será impulsiona-
da por novas tecnologias de comunicação, como satélites
e 5G, promovendo a redução de custos, aumento da efi-
ciência operacional, maior segurança e menor impacto
ambiental. A integração dos sistemas de navios, centros de As mudanças nos processos portuários estão geran-
suporte em terra, portos e sistemas de transporte possibili- do novas regulamentações relacionadas a licenciamento,
tará análises e decisões em tempo real, otimizando proces- tecnologias emergentes (como drones e veículos autô-
sos, reduzindo o consumo de combustível e aprimorando a nomos), segurança sanitária, sustentabilidade ambiental
cadeia de suprimentos. e privacidade de dados. Portos que buscam o status de
“Smart Port” devem assegurar transparência, seguran-
ça, orquestração, padronização e intercâmbio de dados,
transformando-se em verdadeiros hubs digitais globais.
Sua combinação de automação avançada, sustentabili-
dade e eficiência operacional estabelece novos padrões
para a indústria portuária mundial.n
* José Cipriano G. Canão é CEO da J. Canão. Possui mais de 30 anos
LIMITAÇÕES FÍSICAS de experiência no setor portuário, tendo atuado em diversas funções,
Para atrair novos participantes para o ecossistema por- de líder de projetos, consultoria, reengenharia, análise e integração
tuário, os portos precisam otimizar o uso de espaço limi- de sistemas, monitoramento de desenvolvimento e implementação de
tado, repensando tanto áreas portuárias existentes quanto produtos digitais, com destaque para sua capacitação em Gestão de
novas para maximizar o potencial circular. Isso impulsiona Projeto (PMBOK, Framework SCRUM), Segurança de Informação
tendências como “reshoring”, compensação ambiental e uso (ISO 27001), Auditor de Qualidade (9001/2015), Capacitação em
urbano misto, revitalizando áreas portuárias mais antigas. Coaching, Data Protection Officer (DPO) e certificação de Instrutor
de Usuários presencial CCP (Certificado de Habilidades Pedagógicas)
AGILIDADE NA GESTÃO e certificação de E-Instrutor de usuários para capacitação à distância
É crucial desenvolver soluções que assegurem flexibili- CCPE (Certificado de Habilidades Pedagógicas de Especialização) no
dade no planejamento e nas operações, sem comprometer contexto de Instrutor a Distância.
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