Page 34 - Revista EAA - Edição 101
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BIOCOMBUSTÍVEIS
A FS de Lucas do Rio Verde apresenta uma das menores pegadas de carbono, com uma intensidade de carbono de 17 g CO2/MJ
Cada vez que se usa um litro do etanol há uma redução de
cerca de 80% de emissão de carbono, na comparação com a
gasolina. Dentre as 220 indústrias de etanol do Brasil, a FS de
Lucas do Rio Verde apresenta uma das menores pegadas de
carbono, com uma intensidade de carbono de 17 g CO /MJ.
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Na mesma safra em que se planta soja, se planta o mi-
lho. A soja deixa nitrogênio no solo e o milho se benefi-
cia desse nutriente, como em uma relação simbiótica. A
biomassa energética é predominantemente de florestas de
eucalipto plantadas que estocam carbono no solo, dife-
rentemente de outros países que usam combustível fóssil.
Mas pode-se ir além. Está sendo avaliada a viabilidade
de instalar um processo de captura e estocagem de carbono
na fermentação da planta de produção de etanol, neste caso,
em Lucas do Rio Verde. Conforme a viabilidade ocorrer, a
pegada do etanol pode ser reduzida em cerca de 30 g CO /
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MJ, o que tornaria a pegada do combustível carbono ne-
gativo. Estes aspectos são importantes contribuidores para
a redução da emissão no ciclo de vida do biocombustível.
Boa parte do mundo aposta na eletrificação dos carros
para transporte rodoviário e em combustíveis em estágios
iniciais de desenvolvimento ou com escala ainda reduzida A produção inicial de 280 milhões de litros saltou para 2,2
de produção para setor de aviação e marítimo. Porém, o bilhões de litros em seis anos, com as indústrias que operam nas
Brasil já tem o seu combustível verde, estabelecido em es- unidades Lucas do Rio Verde, Sorriso e Primavera do Leste
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