Page 30 - Revista EAA - Edição 101
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BIOCOMBUSTÍVEIS
Etanol de
milho: para adesão à agenda verde se tornou imperativa para
a economia mundial, que mira na transição da
a produção A matriz energética baseada na produção circular de
energia e uso de tecnologias limpas e sustentáveis. Há um
de alimento movimento global que busca valorar e unificar os merca-
dos de carbono como ferramentas para precificar as emis-
e energia sões e impulsionar o investimento público e privado para
a transição energética. Nesse contexto, os biocombustíveis
contribuem para o cumprimento dos acordos assinados
É indiscutível que o segmento de etanol pelo Brasil junto à comunidade internacional e, sobretu-
de milho trouxe vários benefícios do, se apresentam como uma oportunidade de desenvol-
para o Brasil. Resultante da plantação vimento socioeconômico para o país.
de milho de segunda safra, é ainda A nova ordem econômica propõe um modelo de de-
mais sustentável senvolvimento que leve em conta segurança nutricional,
planejamento do uso da terra, estratégia para a diminuição
Claudia Shirozaki* da pobreza e um novo mercado para produtos agrícolas,
com redução dos impactos ao meio ambiente. A cadeia
produtiva do etanol de milho se alinha perfeitamente ao
conceito de Sistema Integrado de Alimentação e Energia
(Ifes, na sigla em inglês) da ONU, uma vez que sua pro-
posta está estruturada num sistema integrado de produ-
ção de alimento e energia, altamente sustentável.
Estudos mostram que o Brasil pode se tornar não
somente um grande fornecedor mundial de etanol, mas
30 janeiro/fevereiro/março