Page 30 - Revista EAA - Edição 92
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VIAJANDO NO TEMPO



          Mobilidade

          conectiva                                             ISTOCKPHOTO



          O que a ciência para o agronegócio busca
          para tornar a mobilidade cada vez mais
          inclusiva e socialmente viável


          Ricardo Inamasu*

             xiste um fato.  Vivemos em um futuro totalmente
             moldável,  em  total  transformação.  Existe  uma  preo-
         Ecupação  mundial  quando  abordamos  o  tema  “mobi-
          lidade”, e, dentro dele, temos duas visões, uma otimista e
          outra perspectiva nem tão boa assim. Mas o fato é que este
          futuro depende de nossas ações imediatas. Qual é a nossa
          escolha  hoje  quando  abordamos  um  futuro  que,  ambigua-
          mente, é moldável, mas sobre o qual não temos o controle?
          Este artigo aborda a transformação pela qual passa a nossa socie-
          dade e, consequentemente, o nosso agronegócio e sua demanda
          por uma automação que permita cada vez mais conexões.
            Essas mudanças exigem transformações que, acima de
          tudo, eliminem intermediários, e a mobilidade eficiente é
          uma grande solução para facilitar as produções no campo
          e também nas cidades e alcançar, fisicamente, o seu desti-
          no final. Mobilidade remete à capacidade de se mudar, de
          ir a outro lugar com rapidez. E, abrindo um pouco mais,
          abordaremos a mobilidade sustentável.
             Mas o que isso significa? O termo se refere ao ato de
          se locomover de modo a reduzir os impactos no ecossiste-
          ma e, ao mesmo tempo, fortalecer a cidadania. A mobili-
          dade sustentável é responsável por planejar de forma inte-
          grada a interdependência entre ambiente, saúde, direito à
          cidade, geração de emprego e renda, cidadania, moradia e
          outras iniciativas em políticas públicas, fontes de energia
          e, principalmente, integração entre todos os meios.
            É interessante pensarmos que, há algumas décadas,
          antes da “mecânica fina” se tornar a atual “mecatrônica”,
          já existia a preocupação em tornar o agronegócio mais
          conectado, com facilidade de acesso e com uma logística
          mais inteligente. Daí, podemos conectar o tema à origem
          dos atuais drones e das “vertical farms”, que têm revolucio-
          nado a forma de produzir, associando uma demanda social
          e uma preocupação global com as questões ambientais.
            E essa demanda social também carrega o conceito
          ESG (sigla em inglês para Environmental, Social and
          Governance – ambiental, social e governança, em portu-
          guês –, geralmente usada para medir as práticas ambien-
          tais, sociais e de governança de uma empresa.
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