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AEROESPACIAL
como Zona Especial do Parque Tecnológico (ZEPTEC) uma área de 25 milhões esta segunda frente, foi inaugurado, em
de metros quadrados no entorno das atuais instalações. Para o futuro, o plano é maio, o Laboratório de Estruturas Le-
estruturar a ocupação ordenada do terreno, complementando o núcleo de pesquisa ves (LEL), que funciona como centro
e desenvolvimento com áreas para investimentos privados, residências, educação de pesquisas e inovações aplicadas ao
e cultura, o que dará origem ao primeiro projeto brasileiro de urbanização deste processo de fabricação de peças e estru-
gênero, a exemplo de diversos parques já existentes no continente europeu e no turas leves, metálicas e não metálicas,
Extremo Oriente, conhecidos como Tecnópolis. com o objetivo de desenvolver novas
soluções e tecnologias para a produção
Sinergia Empresa-Universidade industrial. Construído pelo IPT, o la-
A arquitetura adotada na construção do PqTec-SJC foi apoiada em três pilares: os boratório, aparelhado com equipamen-
Centros de Desenvolvimento Tecnológicos (CDTs), as Universidades e Institui- tos de última geração, é o único do tipo
ções de Ciências e Tecnologia (ICTs), e os Centros Empresariais (CEs). no hemisfério sul.
Os CDTs resultam das parcerias entre empresas-âncora, universidades e enti- Em junho, foi a vez da Boeing im-
dades de pesquisa, focadas no desenvolvimento de tecnologias específicas. Foram plantar dentro do PqTec-SJC o seu
construídos cinco CDTs, divididos em áreas de energia, aeronáutica, águas e sa- primeiro centro de pesquisa e tecnolo-
neamento ambiental, saúde e de Tecnologia da Informação. Também fazem parte gia no Brasil, em parceria com o Inpe,
do planejamento estratégico novos centros dedicados aos setores espacial, defesa, CDTA, Embraer e as universidades de
automobilístico e ferroviário. As empresas-âncora são líderes em seus segmentos São Paulo (USP) e Federal de Minas
de atuação, com programas próprios de P&D. Além de funcionarem como polos Gerais (UFMG). Com investimento
de atração para médias e pequenas empresas, proporcionam visibilidade e credi- estimado entre 4 e 5 milhões de dóla-
bilidade ao Parque. Atualmente, atuam nessa função Embraer, Vale Soluções em res anuais, a meta da companhia é de-
Energia, Sabesp e Ericsson. senvolver projetos de pesquisas nas áre-
O Centro de Desenvolvimento Tecnológico de Aeronáutica (CDTA), que con- as de biocombustíveis sustentáveis para
ta com participação da Embraer e do ITA, ocupa uma área de 6 mil metros qua- aviação, gestão avançada de tráfego
drados e seus projetos se desenvolvem em duas diretrizes: integração de sistemas aéreo, metais e biomateriais avançados
complexos e desenvolvimento de softwares embarcados, e estruturas leves. Para e tecnologias de suporte e de serviços.
O Airbus Group também prepara
suas instalações no PqTec-SJC, com a
Fachada futurista do complexo: empresas alocadas contam construção de uma unidade de pesqui-
com infraestrutura de serviços de apoio especializados, sa com 320 metros quadrados de área
além da disponibilidade de mão de obra qualificada
ocupada. Inicialmente, o novo centro
vai acolher técnicos da Cassadian, di-
visão de defesa e segurança do Grupo,
que devem desenvolver o projeto co-
nhecido como “Sistema de Gerencia-
mento da Amazônia Azul” ou “SisGA-
Az”, que consiste de um software para
o monitoramento de grandes áreas, o
qual também poderá ser empregado
para patrulhar toda a costa brasileira.
As Universidades e Instituições de
Ciências e Tecnologia (ICTs) consti-
tuem as principais fontes de conheci-
mento e de mão de obra qualificada
disponíveis no PqTec-SJC. O Parque
das Universidades, com área de 760 mil
metros quadrados exclusiva dentro do
complexo, atende, diariamente, cerca
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