Page 34 - Revista EAA - Edição 72
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MANUFATURA E LOGÍSTICA nhecer a Indústria 4.0, que no Brasil é cha- AnuncioSAE_NSK_08AGO_vFINALp.pdf 1 9/6/2016 4:20:39 PM
mada Internet Industrial.
Chão de fábrica revolução industrial, mas uma evolução”.
“Não estamos vivendo uma quarta
conectado Pinto explicou que essa mudança trará no-
vas eficiências operacionais que reduzirão
custos: “Digitalização de tarefas com me-
A Internet Industrial chegou lhor utilização dos recursos, manutenção
para mudar, agilizar e preditiva, produtos otimizados e monito-
ramento preciso, para controlar e prever o
qualificar processos comportamento de máquinas, são apenas
alguns exemplos”.
ma manufatura cada vez mais enxuta Outro ponto importante é conectar
Ujá pode ser uma realidade. O modera- a Indústria 4.0 com a manufatura Lean.
dor do Painel, Dário Spinola (foto), diretor “Ela é essencial para alcançar mais produ-
da Staufen Táktica, abriu as apresentações tividade”, reforçou o Dr. Hans Jurgen Klo-
afirmando que o avanço da tecnologia da se, sócio-diretor da ConMoto Consulting
informação e a inovação que ela traz para as áreas das empresas estavam separadas Group. O engenheiro afirmou que as duas
o chão de fábrica já são possíveis de ser fei- (gerenciamento de materiais, controle de ferramentas interligadas podem levar ao
tas, mas para isso algumas ações precisam produção e controle de pedido). Hoje, sa- processo ideal.
ser tomadas. bemos que precisamos trabalhar com uma Além disso, é preciso repensar todos
Uma dessas ações é o controle dos logística integrada”, explicou. os processos dentro do chão da fábrica.
materiais e informações. Para André A. de Também importante para definir a co- Para Marcos Alves, diretor de Logística e
Almeida Prado, diretor da Femsa Logística, nectividade é observar como a indústria infraestrutura Mercedes-Benz do Brasil, C
o maior erro do Supply Chain é não orga- está sendo pensada para o futuro. O diretor “ao se repensar passo a passo a cadeia M
nizar as informações e passar o controle da PPI Multitask, Marcelo Pinto, retornou da logística é possível conectá-la de for- Y
delas apenas para o TI. “Até os anos 2000, recentemente da Alemanha, onde foi co- ma eficiente”. [CM e PL] n
CM
MY
SUPPLY CHAIN CY
A bola da vez CMY K
Fornecedores de tecnologia
assumem papel de destaque
na cadeia de negócios
o mercado automotivo dos veículos volver tecnologias no país e apresentou maior conteúdo tecnológico no país pre-
Nconectados, elétricos e autônomos, só dois cases em que a Mercedes-Benz, junto cisa ser superado. Programas de incentivos
as empresas capazes de fornecer sistemas com fornecedores locais, conseguiu nacio- para P&D existem. No entanto, o mercado
que atendam às novas demandas é que nalizar veículos lançados na Europa. Um nacional apresenta quedas seguidas de
sobreviverão. deles foi o Actros. O caminhão, importado investimento: “Entre as principais barreiras
Assim, a corrida por tecnologia é hoje inicialmente, chegou ao país em 2011. Entre para localização está o baixo grau de ado-
tão frenética quanto à corrida do ouro do 2012 e 2013 passou a ser montado por aqui ção de soluções tecnológicas e de inserção
século XIX. Para não ficar de fora, empresas e, em 2014, já era fabricado inteiramente no em cadeias globais”.
fornecedoras precisam investir no desen- país. O outro modelo destacado pelo exe- A cadeia de suprimentos, até hoje linear,
volvimento de novos sistemas e produtos. cutivo foi o sedã Classe C. com foco apenas no produto, precisa discu-
Como fazer isso em uma época de perdas Karina Bazuchi, coordenadora de inves- tir e descobrir os caminhos possíveis para
e ociosidade de 50%, é a questão, ressaltou timentos estrangeiros diretos da APEX Bra- desenvolver e fomentar a indústria automo-
Rodrigo Custódio, sócio da Roland Berger, sil, explicou durante o Painel sobre como bilística brasileira, explicou Paola Sardi, dire-
que mediou o Painel Supply Chain. viabilizar investimentos em pesquisas para tora, consultora estratégica e monitora da
Andre Wulfhorst, gerente sênior de desenvolvimento de produtos tecnoló- Deloitte Consultoria. Segundo ela, essa mes-
compras da Daimler, disse que, apesar das gicos automotivos. Segundo ela, o baixo ma indústria ainda precisa encontrar meios
dificuldades, acredita ser possível desen- grau de localização de componentes de de se tornar mais competitiva. [CM e PL] n
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