Page 29 - Revista EAA - Edição 72
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DUAS RODAS
           Tecnologia

           salva vidas



           Principais vítimas do trânsito
           no país, motociclistas
           precisam de proteção              de relações públicas da Moto Honda da  gias apresentadas por ele, o sistema UBS de
                                             Amazônia.                         freios unificados, que compensa e até corri-
             odo ano, mais de 40 mil pessoas per-  Para o executivo, a implantação obri-  ge frenagem do motociclista, melhorando
           Tdem a vida no trânsito no Brasil. Notí-  gatória do ABS nas motos a partir de 300  o equilíbrio da massa.
           cia triste, principalmente para o segmen-  cm³ de cilindrada no Brasil foi uma vitória,   No que diz respeito à interatividade,
           to de motos, que tem o maior número de  embora seja preciso cobrar legislações que  o profissional apresentou o aplicativo
           vítimas fatais. No Painel Duas Rodas, me-  contemplem também categorias de menor  Y-Trac, que permite ao usuário monitorar
           diado por Renato Linke, da Companhia  cilindrada. O airbag também foi ressaltado  sua direção e até adaptar alguns padrões
           de Tecnlogia de Saneamento Ambiental  por Guedes e poderia evitar mortes.  de pilotagem.
           de São Paulo (Cetesb), especialistas mos-  Henrique Tunes de Oliveira Silva, instru-  No quesito segurança, Jose Ricardo
           traram que é possível diminuir esse índi-  tor técnico da Yamaha Motor do Brasil, que  Vercesi, coordenador de desenvolvimento
           ce, com tecnologia embarcada. “A inte-  também participou do evento, apresentou  de produto da Pirelli Pneus, explicou que,
           ligência e tecnologia das pistas e motos  as tecnologias de segurança da Yamaha  neste mercado, é cada vez maior a deman-
           de alta cilindrada estão migrando para  R1, entre elas os sistemas do controle de  da por pneumáticos de altíssimo nível: “O
           os modelos das ruas, com isso, as moto-  tração, de controle de derrapagem e de  desafio não é pequeno, visto a grande di-
           cicletas estão ficando mais seguras”, ex-  suspensão eletrônica traseira e dianteira.  versidade de motocicletas e o padrão de
           plicou Alfredo Guedes Junior, supervisor  Vale destacar ainda, entre outras tecnolo-  uso de cada uma delas”.   [CM e PL] n



           FERROVIÁRIO
           O futuro passa pelos trilhos



           Ferrovias já existentes no país poderiam
           ajudar a recuperar o tempo perdido

              inguém tem dúvidas de que o trans-  “Temos uma malha instalada de cerca de
          Nporte público de um país desenvolvido  30 mil km, mas apenas 12 mil km estão em
           passa também pelos trilhos. Sem eles, o  operação. O que fazer com os outros 18
           que sobra é o caos diário vivido, tanto nas  mil é o desafio das Short Lines”, explicou
           grandes cidades, com ruas e avenidas sa-  Jean Pejo, secretário-geral da Asociación
           turadas de carros, como nas estradas, com  Latinoamericana de Ferrocarriles (ALAF).
           caminhões que rodam longas distâncias   Segundo ele, esse sistema já é adotado
           para levar cargas de maneira pouco eficien-  com sucesso nos EUA, onde é responsável
           te, rápida ou segura, produtos que acabam  por 25% do transporte sobre trilhos. Lá,  quem vive nos entornos. Gabriel Feriancic,
           por ter alto valor de transporte agregado  assim como se planeja fazer por aqui, o  diretor da Sistran, mostrou no Painel Ferro-
           ao seu preço final.               sistema é operado por concessionárias do  viário,  mediado  por  Cyro  Laurenza  (foto),
             Na tentativa de mitigar o problema,  setor privado, que podem administrar um  presidente do conselho da Idestra Enge-
           empresários e lideranças de entidades do  ou mais trajetos das linhas e escolher o tipo  nharia Especializada, a importância dos
           setor ferroviário levantam a bandeira das  de transporte no qual deseja investir.  trens para o transporte intercidades. “Co-
           Short Lines, sistemas de concessões que,   Se para o setor de cargas a utilização de  nectar hoje as grandes regiões urbanas, de
           por meio da recuperação e adaptação de  trens significa mais agilidade, para o trans-  forma segura, rápida e confortável, é um
           ferrovias já instaladas no país, permitiria  porte público iria impactar diretamente na  desafio. E a solução passa pelas ferrovias. É
           expandir sobremaneira o transporte ferro-  qualidade de vida das pessoas. Não apenas  possível ver isso claramente em projetos de
           viário de passageiros e de carga no Brasil.  das que vivem nos grandes centros, mas, de  países europeus”, afirmou.   [CM e PL] n

           outubro/novembro/dezembro                                                                        29
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