Page 26 - Revista EAA - Edição 93
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SAE BRASIL E A MOBILIDADEADE
           SAE BRASIL E A MOBILID












































          Os engenheiros brasileiros têm se destacado ao participar de projetos colaborativos em
          parceria com profissionais dos países mais desenvolvidos



                                                             Formação da mão
            “Podemos discutir de igual para igual com alemães e
          americanos porque temos um nível de competência com-  de obra e pós-venda
          provado não só através de currículo, mas também de proje-  são desafios a serem vencidos
          tos realizados nos últimos anos”, diz.             Apesar de toda essa capacidade comprovada, para alcançar
            Natal vai ainda além ao afirmar que o brasileiro leva   a meta de liderar a inovação global na mobilidade do agro-
          indiscutível vantagem competitiva no que se refere à enge-  negócio, o Brasil precisa superar desafios importantes como
          nharia voltada para redução de custo. “Por razões da nossa   a formação da mão de obra.
          estrutura financeira, o brasileiro é muito mais sensível do   Sérgio Sartori Junior, da Jacto, chama a atenção para o
          que os engenheiros de outros lugares do mundo na busca   desafio de atrair bons alunos de engenharia para trabalhar
          por soluções mais econômicas”, diz.                no campo, já que a maior parte deles prefere seguir carreira
            Outra habilidade na qual os brasileiros se destacam se   na indústria automobilística, aeronáutica e mais recente-
          refere à flexibilidade para trabalhar com inúmeras plantas,   mente no mercado financeiro.
          culturas organizacionais diferentes, diversidades de línguas   “Com a recente popularização do agronegócio, reco-
          e outras variáveis. Em países como a Alemanha, por exem-  nhecido como fundamental para a economia do país, inclu-
          plo, existe um pool de fornecedores alemães que atendem   sive em campanhas de televisão, até melhorou um pouco
          a todas as necessidades. Isso faz com que eles não tenham   o poder de atração do nosso segmento, mas ainda assim é
          contato com outras alternativas. Já os brasileiros estão acos-  bem inferior à necessidade que temos”, diz.
          tumados a lidar com os mais diferentes fornecedores e isto   Ele também argumenta que para conquistar o merca-
          produz  um  network  rico, com  uma  variedade  grande  de   do externo é necessário desenhar estratégias inovadoras no
          culturas que acaba proporcionando uma riqueza maior na   que se refere à estrutura de pós-venda. “Exportar produtos
          execução dos projetos”, diz.                       desenvolvidos no Brasil não é a grande dificuldade. O de-
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