Page 19 - Revista EAA - Edição 95
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Figura 5 – Mapa geral de indicadores
                                                                        de gestão e oferta para o Brasil  / Fonte: Brasil, 2022.













           deve se preparar para execução de plano diretor municipal ali-
           nhado ao PDUI – conforme estabelecidos pelo Estatuto da
           Cidade e da Metrópole pela legislação federal brasileira.
              Também deve realizar a modernização da legislação urbana
           municipal para instalação e compatibilização de suas infraestru-
           turas urbanas e digitais, para que se aproveite o que existe em
           infraestrutura de TI, preencham-se as lacunas do saneamento
           básico e se incorporem soluções inovadoras no planejamento   Figura 6 – Ilustração e mapa de projeção de urbanização
                                                                             global em 2030 / Fonte: The Economist, 2022.
           urbano das cidades brasileiras. A expectativa é a de que gover-
           nos (em suas múltiplas escalas) e suas ações e o uso dos recursos
           públicos melhorem e aumentem “o padrão de vida das pessoas;   neamento básico, energia, transporte público, etc.), mas 3,7
           integrem a tecnologia ao tecido da sociedade (podendo pro-  bilhões de pessoas estavam off-line em 2019 (ONU-Ha-
           porcionar saltos benéficos de inovação tecnológica em toda sua   bitat, 2022). Essas atividades são o início para se pensar o
           magnitude) e alcancem o desenvolvimento sustentável a curto   planejamento urbano e regional, para se ter cidades inteli-
           prazo”.  As inovações digitais, como os Sistemas de Informação   gentes, mais inclusivas e resilientes. Há muito que ser feito,
           Geográfica (SIG), a economia compartilhada, as plataformas   o que pode ser realizado com um salto econômico extraor-
           digitais, enfim, os sistemas integrados de comunicação digital   dinário e ainda aumentar a qualidade de vida da população
           mudaram nosso modus vivendi nas cidades e entre elas.  — no presente e no futuro — se o planejamento urbano
              A pandemia da Covid-19 acelerou a necessidade de   da cidade inteligente for feito e aplicado para as pessoas. n
           reduzirmos a exclusão digital, principalmente dos grupos
           marginalizados  e  comunidades  de  assentamentos  infor-  * Sandra Lanças é arquiteta, urbanista (FAU-Mackenzie) e doutora
           mais, além de modernizar a legislação para a proteção dos   em Planejamento Urbano e Regional (FAU-USP). Cursou Designing
           dados digitais individuais.                            Cities (University of Pennsylvania). É docente do MBA em Gestão
              Na última década, a conectividade com a internet tor-  e Inovação em Cidades Inteligentes da Faculdade de Engenharia
           nou-se um requisito para a plena participação dos indiví-  de Sorocaba (Facens). Trabalha na Diretoria Técnica da Agência
           duos na sociedade, incluindo o acesso a educação, habitação   Metropolitana de Sorocaba, autarquia participante do Fórum Nacional
           a preços acessíveis e serviços governamentais básicos (sa-               das Entidades Metropolitanas do Brasil.

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