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REGIONAIS
como injeção de combustível, freio que compense a autonomia limitada gem Veicular para Veículos Híbridos”.
ABS e airbag. Essa transformação das baterias”, analisou. O último bloco, “O Mercado de
tem pressionado uma revisão dos Em seguida, Felipe Martins, en- Veículos Elétricos no Brasil”, foi de-
processos das porpostas”, comentou. genheiro de Aplicação da Schneider dicado a cases de fabricantes. Gerold
Oliver Rütten, diretor técnico da Electric, debateu sobre infraestru- Pillekamp Filho, gerente de Produ-
FEV, focou os automóveis híbridos tura de recarga. Martins questionou to na área de Marketing da Audi do
como solução para mercados emer- quando o Brasil terá infraestrutura Brasil, falou sobre o A3 e-tron, supe-
gentes. “Na Europa, a eletrificação dos para carros elétricos. “Teremos an- resportivo com autonomia de 50 km
carros tem vários caminhos, como a tes ou somente depois de os veículos no modo elétrico e 940 km no modo
hibridização forte, com motores elé- serem vendidos?”, perguntou. Para o combinado. O engenheiro comentou
tricos grandes que oferecem torques engenheiro, as duas pontas precisam que o segmento está em crescimento
elevados”, comparou. O bloco contou, estar em sinergia. “Temos empresas no Brasil. “Mas de forma lenta, devido
ainda, com as participações de Volker que começam a vender carros elétri- aos poucos incentivos do governo ain-
Niemeyer, gerente da Unidade de cos no país, mesmo sem incentivos, da direcionados somente aos modelos
Negócios Globais da AVL, e Rodri- e a Schneider, na contramão de tudo híbridos”, analisou Pillekamp Filho.
go Vicentini, engenheiro responsável que acontece, também investe na Rafael Fornari, engenheiro sênior
por Produtos de Medição de Sistemas infraestrutura de recarga”, afirmou de Produto da General Motors, apre-
Embarcados da Keysight. Martins, que abordou, ainda, segu- sentou o Volt, modelo que adota con-
Panoramas da mobilidade elétrica rança, modos de carregamento, ins- ceito de motor elétrico, como princi-
foi outro assunto abordado no simpó- talação, tempo e modelos de tomadas pal, e motor a gasolina, com tanque de
sio da SAE BRASIL. João Dias, con- para carregamento. 35 litros de capacidade, usado para ge-
sultor de mobilidade elétrica, discutiu Alexandre Novgorodcev, coor- rar a energia elétrica que irá alimentar
sobre a oferta de veículos elétricos, a denador do Programa Brasileiro de o motor elétrico. “O Volt atinge 160
rede de recarga e as políticas públicas. Etiquetagem Veicular do Inmetro km/h sem auxílio do motor a combus-
Entre as tendências apontadas está a (Instituto Nacional de Metrologia, tão”, afirmou.
eletrificação de todos os tipos de veí- Qualidade e Tecnologia), também par- Carlos Aparecido dos Santos,
culo. “Os só elétricos ganham peso face ticipou do bloco com o tema “Etiqueta- gerente-geral de Veículos Elétri-
aos híbridos, embora o sucesso até aqui cos e Powertrain para a América da
tenha sido limitado devido ao elevado Vários modelos movidos a Renault, apresentou o mix de veícu-
custo de aquisição e à autonomia in- energia mista ou alternativa los elétricos e os avanços da fabrican-
ferior aos veículos convencionais, além puderam ser avaliados pelos te. “O carro elétrico é realidade para
da inexistência de uma rede de recarga presentes ao evento nós desde 2008. De 2012 até hoje,
apesar da falta de incentivos e infra-
estrutura, buscamos parceiros para
avançar, pois decidimos fazer o cami-
nho contrário”, afirmou. No Brasil, a
Renault teve em um ano mais de 70
unidades vendidas. “A demanda está
crescendo, pois a população quer usar
o carro”, completou Santos.
O assunto do simpósio foi ilustra-
do por uma oportunidade de os par-
ticipantes experimentarem os mo-
delos Volt (General Motors), Lexus
e Prius (Toyota), Zoe (Renault) e
A3 (Audi), no Campo de Provas da
Cruz Alta, da General Motors do
Brasil, em Indaiatuba (SP). ■
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