Page 11 - Revista EAA - Edição 64
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Compartilhando veículos
A Nissan informa sua participação nos dos testes do programa de compartilhamento
de veículos promovido pelo distrito de Sakonyama Danchi, de Yokohama, cidade
da matriz da empresa. A Nissan emprestará unidades do seu veículo elétrico
ultracompacto para os testes, que terão início no final deste mês e irão até março
de 2016. A empresa, que trabalhará em colaboração com a Urban Renaissance (UR),
agência semipública de urbanização associada ao Ministério da Terra, Infraestrutura,
Transportes e Turismo (MLIT) de Kanagawa, acha que o compartilhamento de veículos
elétricos pode ser visto como forma da revitalização de áreas urbanas e suburbanas.
A expectativa é a de que os testes dirão se esses veículos poderão vir a ser um
catalisador na revitalização em larga escala; quais são as formas de deslocamentos
das pessoas nas cidades e, também, avaliar esses carros como uma forma de
complemento ao transporte público.
O projeto também se utilizará do sistema comunitário automatizado de dispositivos
para chaves em locações F-Rents, produzido pela Fulltime System. Esse método
comprovou eficiência em mais de 60 “condomínios” de veículos de compartilhamento
espalhados pelo Japão. Com ele será possível monitorar os carros alugados por 24
horas, sete dias por semana.
Computador itinerante
Cada vez mais, os carros recebem tecnologias e eletrônica de bordo, fato
que quase os qualifica como verdadeiros computadores móveis. Até aí tudo
bem, o mais difícil, segundo os fabricantes, é integrar todos esses sistemas
de processamento, já que alguns dos modelos mais modernos contam com
até 80 sistemas eletrônicos diferentes. Para contornar esse, além de outros
problemas com segurança – evitando que mal-intencionados possam
interferir em sistemas que coloquem em risco a segurança dos passageiros e
pedestres –, a Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, desenvolveu
o que se pode ser chamado de ‘novo sistema de tecnologia da informação
automobilística de duas camadas’, que separa os sistemas que controlam a
segurança do veículo dos sistemas voltados para o conforto e diversão.
De acordo com a Universidade, a novidade é o isolamento da rede
veicular tradicional, conhecida como barramento CAN (Controller Area
Network), das demais funções eletrônicas. As demais atividades, denominadas ‘funções é proporcionar espaço para tecnologias
de conforto’ migraram para uma rede diferente, chamada de BSA – Barramento que já estão em curso, como nos carros
de Serviços Automobilísticos (ou ASB – Automotive Service Bus) – que roda em um autônomos ou a interação com demais
computador com acesso à internet ou redes externas. O Barramento de Serviços veículos. Após avaliações em ruas e
Automobilísticos atua como se fosse um canal de mensagens, ou seja, todos os rodovias, o sistema foi certificado pelas
componentes podem enviar e receber mensagens por seu intermédio, mas o sistema autoridades alemãs, e o Barramento de
de segurança do veículo só pode ser acessado no modo de leitura. Serviços Automobilísticos deverá estar
Em situações previamente definidas para executar funções diretamente na ROM acessível na forma de software livre, de
dos computadores internos, o barramento permite o acesso para controle. O objetivo código aberto.
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