Page 21 - Revista EAA - Edição 82
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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ESPECIAL
Figura 1. Ilustração
original de 2011,
da DFKI-Deutsches
Forschungszentrum
für Künstliche
Intelligenz (Centro
Alemão de Pesquisa
em Inteligência
Artificial), explicando
a evolução até a
Industria 4.0
as vantagens da automação, concomitantemente presentes no chão de fábrica, nas áreas de plane-
já se estruturava uma nova revolução. jamento, no ambiente da tecnologia da informa-
Em 2011, via-se ao mesmo tempo os cami- ção e demais áreas ligadas ao processo produtivo,
nhos para o aproveitamento pleno da automa- pois apenas níveis de tecnologias e protocolos
ção, e o início da conceituação da Indústria 4.0, similares são passíveis de integração, ou seja, a
o que mostra a importância de se partir de um padronização é base para o sucesso do conceito.
processo produtivo consistente para, a partir A chamada “Indústria 4.0” evoluiu de forma
de então, utilizar melhorias cibernéticas. Evi- abrangente, dinâmica e simultânea em várias
tar modismos e ilusões, fugindo de possíveis regiões. Em termos institucionais encontramos
armadilhas conceituais e investimentos mal conceitos similares sob os títulos Smart Factory
aproveitados requer informação e conhecimen- e Manufatura Avançada nos EUA e Brasil,
to técnico. respectivamente, onde associações e entidades
Há muita literatura sobre a Indústria 3.0, por governamentais, além da indústria, trabalham
exemplo, Kumar e Kumar (2012) (2) que citam com princípios semelhantes, mas em estágios
importantes referências bibliográficas e resu- bem diferentes de pesquisa e implantação. Na
mem vários processos sobre métodos de otimi- SAE BRASIL, estamos interessados em apro-
zação da produção. Entre eles estão SMED/setup fundar esse debate.
time Reduction, Kanban, TPM, Batch Size Reduc- O desafio passa por compreender aspectos
tion /Single piece flow, Cellular Layout /Layout ligados às tecnologias, suas implicações e inte-
improvement, Poka yoke, Quality Circles/Quality rações transversais. De forma geral podemos
at the Source, Kaizen, 5 S’s, Employee involvement/ citar: Transformação Digital (incluindo Big
development, Continuous improvements/PDCA, Data, Data Analytics, Inteligência Artificial e
Standard Work, Visual Management, Value Stream Machine Learning), Robôs Autônomos e Exo-
Mapping, Production Leveling (Heijunka), Group esqueletos, Ferramentas de Simulação em geral,
technology, Jidoka, Andon, Milk run ou FIFO. Sistemas Integrados, Internet das Coisas (IoT),
Tanto as empresas no topo da cadeia produti- Cybersecurity, Cloud Computing, Manufatura
va, quanto seus fornecedores e subfornecedores Aditiva e Realidade Aumentada, entre as várias
precisam atingir maestria nos processos de pro- frentes de pesquisa desenvolvidas no âmbito da
dução, antes de dar os próximos passos. Indústria 4.0. A seguir vamos descrever algo so-
Um fator inicial para o sucesso da implanta- bre estes aspectos.
ção da uma Produção 4.0 é a compatibilidade Armazenar ou tratar uma grande quantidade
entre os sistemas operacionais dos equipamentos de dados não é novidade, mas em um concei-
abril/maio/junho 21