Page 23 - Revista EAA - Edição 85
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O design para a mobilidade
brasileira
A percepção da mobilidade envolve fundamentalmente as
ciências exatas. A relevância dos conhecimentos ligados à en-
genharia, física e matemática é um consenso quando se pensa
nas tecnologias do movimento e nos setores econômicos que
tratam do tema. Mas há um aspecto que envolve a sensibilida-
de humana e que nem sempre é tão evidente. Algo inerente ao
senso estético, artístico, aos sentimentos, até mesmo à paixão.
Algo que pode se resumir na palavra “Estilo” ou “Design”. Mas
uma pergunta permanece:
Como se desenha uma visão genuinamente brasileira de
mobilidade?
Para nos ajudar a compor a resposta para essa pergunta, o
design para a Mobilidade Brasileira está sendo integrado às áre-
as de conhecimento para Tecnologia e Inovação da SAE BRA-
SIL. Essa composição será encabeçada por Ronaldo Lopes.
Contraste
O Brasil é realmente um país de muitos contrastes, cul-
turais, sociais e econômicos. Na arquitetura e mobilidade das
grandes cidades não poderia ser diferente. A expansão da po-
pulação, combinada com a necessidade de preservar o meio
ambiente, força o desenvolvimento sustentável, que resulta em
um contraste entre o verde e o cinza, a natureza e o concreto.
Calçadas, ruas e avenidas terrestres dão lugar a grandes e
longos viadutos, a passarelas e pontes.
Os edifícios e estruturas são mais altos e mais estreitos,
ocupando apenas o vazio do céu.
A mobilidade dentro e fora da enorme metrópole gradual-
mente sai do chão para conquistar o ar.
O que toca a terra agora são apenas os estreitos pilares
dos grandes edifícios e pontes, que permitem um enorme
jardim urbano por baixo deles. Progresso e natureza coexis-
tindo em harmonia.
Design para a Mobilidade Brasileira está sendo
integrado às áreas de conhecimento para Tecnologia
e Inovação da SAE Brasil. Às vezes considerado
subjetivo, o design envolve sensibilidade, senso
estético e é imprescindível na mobilidade
janeiro/fevereiro/março 23