Page 38 - Revista EAA - Edição 93
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SAE BRASIL E A MOBILIDADE
Hidrogênio na concessionária
Novamente o destaque dessa edição foi resultante
da parceria entre a SAE BRASIL e a revista Automo-
tive Engineering International. Nossa capa apresentava
o Toyota Mirai, primeiro carro a hidrogênio de série do
mundo. De acordo com a fabricante japonesa, o Mirai
(significa futuro) era como outro carro qualquer, tinha
autonomia de 480 quilômetros, podia ser reabastecido
em cinco minutos e acelerava de 0 a 96,5 km/h em apro-
ximadamente nove segundos. A grande diferença é que
o carro não usava gasolina e emitia apenas vapor d’água
pelo escapamento. O veículo tinha uma unidade de cé-
lula a combustível de 114 kW que convertia hidrogênio
comprimido em corrente elétrica. A energia era armaze-
nada em uma bateria de níquel-hidreto metálico e ali-
mentava motores elétricos que acionavam as rodas dian-
teiras. Ele contava com um par de tanques de hidrogênio
a 690 bar, um sob o banco traseiro e outro logo atrás.
Muda de tamanho andando?
No Salão de Frankfurt de 2015, a Mercedes-Benz
revelava ao mundo o Concept IAA – Intelligent Aero-
dynamic Automobile ou Aerodinâmica Automobilística
Inteligente) –, um estudo sob a silhueta de cupê capaz
de aumentar sua capacidade de vencer a resistência do
ar de acordo com o desempenho exigido no pedal do
acelerador. Nossa matéria de capa mostrava que bastava
o toque de um botão ou atingir a velocidade de 80 km/h
para que o conceito passasse do modo “Design” para o
“Aerodynamic”, desencadeando uma transformação to-
talmente digitalizada, por meio do reposicionamento de
vários componentes da carroceria, para que, entre outros
efeitos, se aumentasse o comprimento do modelo em
390 mm. Com isso, o valor do coeficiente de arrasto (Cx)
era reduzido para 0,19, o que resultava naquela época, de
acordo com a Mercedes, no novo recorde de eficiência
aerodinâmica entre os carros de quatro lugares.
Elétrico, brasileiro e voa
Foi da plataforma da aeronave Sora a combustão
que veio a ideia do Sora elétrico ou Sora-e, assunto de
capa dessa edição. A partir do tema “desenvolvimento
de combustíveis alternativos para veículos” proposto
pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), sur-
giu o desenvolvimento do Sora-e, com seu primeiro voo
em maio de 2015, em São José dos Campos. Tratava-se
de um ultraleve experimental que foi categorizado pela
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) como mode-
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