Page 35 - Revista EAA - Edição 93
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de energética, Governança Socioambiental (ESG), enfim,   brinquei que eu não tinha um “editor-chefe”, como é co-
           tudo que diz respeito à mobilidade começou a passar pelas   mum nas redações, mas sim um “engenheiro-chefe”.
           minhas mãos.                                          Eu sempre me surpreendia quando ao sugerir algum
             Eu poderia sugerir ajustes em toda a parte editorial da   tema que eu achava uma incrível novidade, e que talvez pu-
           revista: no material visual a ser editado, na ortografia, na me-  déssemos colocar na revista, ele discorria com conhecimen-
           lhoria de como tornar mais inteligíveis algumas frases, na   to sobre o assunto e completava dizendo que não era tão
           diagramação, na checagem de dados e em uma porção de   novidade assim. Mas outras vezes concordava com minhas
           outras coisas. Porém, em um significativo número de maté-  eventuais sugestões. De lá para cá tive outros “engenheiros-
           rias lidas, o conteúdo era uma incógnita para mim. Quando   -chefes”, sempre destacando o ótimo relacionamento entre
           lia um texto técnico e não entendia absolutamente nada do   jornalista e engenheiro, fato que continuou sob a gestão
           que estava escrito, passei a brincar que eu o considerava uma   de Ricardo Abreu e permanece até os nossos dias com o
           matéria excelente, enquanto sobre outro que eu entendia a   comando do Camilo Adas, que acumula essa responsabi-
           maior parte do que estava escrito eu dizia que estava apenas   lidade com a presidência da SAE BRASIL. Creio que a
           razoável. Claro que isso não representa uma verdade. Pelo   estreita parceria com os “engenheiros-chefes de redação” e
           nível dos leitores e pelos elogios que temos recebido ao longo   com todos os colaboradores que não pouparam esforços em
           dos anos, ficou claro que a EAA é uma revista que se identi-  nos abastecer com suas expertises e textos tenha atingido
           fica com uma categoria extremamente técnica e imprescin-  seu principal objetivo: ser proveitosa para os leitores.
           dível para o nosso dia a dia: os engenheiros.         Foram 14 anos de trabalho e 60 revistas concretizadas,
             Ainda que não tenha esse tipo de formação acadêmica,   acho que não é preciso dizer o quanto isso me deixa enva-
           aprendi muito nesses 14 anos de colaboração com a revista.   idecido e, desculpem o lugar-comum, com sensação de um
           Conheci pessoas excelentes e cabeças incríveis em suas áre-  dever quase cumprido. Digo quase por que acho que essa
           as dentro da engenharia. Quando cheguei na EAA, o res-  história não termina aqui.
           ponsável pela revista era o Luso Ventura. Ele não sabe, mas   Alguns destaques da engenharia automotiva e aeroes-
           se ler essa matéria vai tomar conhecimento que eu sempre   pacial ao longo na minha história.

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