Page 17 - Revista EAA - Edição 62
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ra traseira. O sistema de gerenciamento da carga integrado
à carroceria identifica o tipo de mercadoria transportada,
também por meio de sensores, e indica qual a distribuição
mais adequada dos volumes no seu compartimento.
Renault Optifuel
Entre as muitas novidades exibidas no estande da marca
francesa, a Renault Trucks levou para o IAA deste ano uma
maquete do veículo-laboratório Optifuel Lab 2, que reúne
uma série de tecnologias destinadas à redução do consumo
e prepara, segundo o fabricante, o futuro para os seus cami-
nhões de série. Construído a partir do modelo de série Re-
nault T, como evolução do Optifuel Lab 1, apresentado em
2009, o carro, atualmente, está em circulação para avaliar os
ganhos de consumo que podem ser conseguidos, cujos valo-
res serão anunciados no primeiro trimestre do ano que vem.
Buscando a máxima eficiência na gestão das fontes de
energia, vários acessórios do veículo foram eletrificados,
como o sistema de climatização e as bombas d´água, de
combustível e da direção. Para alimentar esses componen-
tes, foram multiplicadas as fontes de energia elétrica, com
a instalação de painéis solares (formados por 48 módulos,
repartidos em uma superfície de 40 m²
e com rendimento 30% superior aos
convencionais) e a adoção de um siste-
ma de recuperação de energia térmica
dos gases do escapamento, baseado no
ciclo de Rankine. “A ideia é tomar a
menor energia possível do motor tér-
mico”, explica Claude Covo, diretor
do projeto. “Quando o motorista ou o
veículo precisam de energia, um com-
putador analisa as necessidades, encon-
tra a fonte de energia mais disponível e
eficaz (solar, recuperada etc.) e a distri-
bui em tempo real.”
O aspecto externo do Optifuel Lab
2 também foi trabalhado para a adequa-
ção perfeita entre o cavalo-mecânico e
a carreta, a fim de reproduzir o efeito
de gota d´água, reduzindo a dispersão
aerodinâmica e, portanto, o consumo.
Outra inovação é o defletor de teto
móvel, que se mantém aberto durante
as paradas, para isolar melhor a cabine,
e é recolhido, automaticamente, a partir
de 50 km/h, para assegurar uma perfei-
ta continuidade com o semirreboque.
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