Page 26 - Revista EAA - Edição 70
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BAJA SAE BRASIL 2016
Novo local, nova
pista e novos desafios
Tudo diferente para organização e participantes, mas a competição
deste ano foi uma das mais acirradas dos últimos tempos
Daniel Bueno
Foram quatro dias de pura emoção nas insta- Em contrapartida, os times superaram as
lações da Faculdade de Tecnologia de São José expectativas pelo alto nível técnico observado
dos Campos (Fatec), onde ocorreu a 22ª Com- na Apresentação do Projeto, pelas poucas dis-
petição Baja SAE BRASIL. Tristeza, felicida- crepâncias nos itens de segurança, pelo número
de, ansiedade, alívio, competitividade, compa- de carros classificados para as provas dinâmicas
nheirismo, frustração, realização, só quem está e também pela quantidade de participantes que
presente é capaz de experimentar tal mistura concluiu o Enduro. Poucos foram os que tive-
de sentimentos que, mesmo antagônicos, se ram de ser reavaliados nas provas de segurança,
manifestam quase que simultaneamente em e os “snorkels”, que deram muito trabalho na
cada competidor. prova de Motor, nem foram usados porque não
Pela primeira vez em 14 anos, a competição choveu na competição.
foi realizada em novo local, o que trouxe desa- A avaliação de Conforto trouxe surpresas.
fios e oportunidades para equipes e comitê or- Uma equipe do Sul, em seu primeiro ano de
ganizador. Buscou-se o ambiente seguro da uni- competição, arrancou elogios do jurado mais
versidade reduzindo custos com as instalações, exigente, numa prova vencida pelo carro da
porém, as pistas estavam completas e perfeitas, equipe FEI Baja 1, com 19 pontos.
bem como as equipes de avaliação estavam a A Apresentação de Projeto também surpre-
postos, como sempre. endeu. Na sabatina, os apresentadores mostra-
vam desenvoltura e conhecimento dos seus
Rebocar um jipe veículos, comprovando a sua habilidade em
de duas toneladas “vender” seu produto. O vencedor dessa prova
por 10 metros foi o Baja da UFMG com 112,97 pontos. Na
no menor tempo Exposição Final de Projeto, a UFMG triunfou
foi uma das
avaliações para os novamente, somando mais 19,5 pontos. Con-
pequenos Baja firmando sua consistência nas provas teóricas,
a UFMG já havia suplantado os demais con-
correntes na disputa pelo melhor Relatório de
Projeto, com 129,3 pontos.
Velocidade Máxima e Aceleração, desta
vez, foram avaliadas em pista de asfalto. Quase
O Enduro com todos atingiram os 40 km/h ao final dos 100
transmissão metros e o melhor carro, da equipe Poli Atlas,
pela TV: quatro chegou a 49,7 km/h. Ele também foi o mais rá-
horas de prova pido em aceleração, ultrapassando os 30 metros
de resistência
em 3,9 segundos.
A prova de Tração é sempre um contraponto
em relação à de Aceleração e Velocidade. Nessa FOTOS GUILHERME RODAMILANS
situação, predomina a maior potência possível
em rotações baixas. Na falta do trenó tradicio-
nal, os Bajas rebocaram um jipe de duas tonela-
26 abril/maio/junho