Page 27 - Revista EAA - Edição 70
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BAJA SAE BRASIL 2016



           das por cerca de 10 metros. O vencedor, do time
           Ali Babaja, cobriu a distância com o tempo de
           7,81 segundos. Em contrapartida, a equipe ven-
           cedora da prova de Velocidade Máxima levou
           cerca de 18 segundos para cobrir a mesma dis-
           tância. Da mesma forma que o grupo vencedor
           da prova de Tração não obteve bom resultado
           em velocidade máxima – apenas 36 km/h. Essas
           discrepâncias mostraram a importância de uma
           estratégia melhor definida na concepção do car-
           ro, que deve ter um projeto flexível de forma a
           obter bom desempenho na maioria das provas.
             A prova de Slalom, ou manobrabilidade,
           também  atraiu  bastante    atenção  do  público.
           Ver os competidores contornarem os cones sem
           derrubá-los, ou até tombar seu veículo, foi diver-
           são garantida. A necessidade de sair de traseira  A comunicação por rádio possibilitava a troca  Os representantes
           para conseguir bom desempenho desafiou a ha-  de informações entre equipes e pilotos, sendo  das equipes que
                                                                                             conquistaram os
           bilidade de muitos pilotos. A equipe Komiketo  parte importante da estratégia de cada um.
                                                                                             cinco primeiros
           Baja UFSJ foi a vencedora, percorrendo o trecho   A disputa do Enduro permaneceu acirrada
                                                                                             lugares no Baja
           em 24,7 segundos, tempo substancialmente me-  até a última volta, quando as equipes Mangue
                                                                                             SAE BRASIL
           lhor que a média da prova, 37 segundos.  Baja 1 e FEI Baja 2 empataram ao chegar com
             O ponto alto do terceiro dia foi a prova de  o mesmo número de voltas ao final. Fato raro na
           Capacidade de  Tração e Suspensão. A pista,  competição, a disputa de 2016 foi decidida por
           construída de forma a apresentar dificuldade  outra prova e não pelo vencedor do Enduro.
           crescente, tinha transposição fácil no começo e   Na categoria Geral, a competição apontou
           beirava ao impossível no final, o que selecionou  o time FEI Baja 2, do Centro Universitário da
           os competidores tanto pela resistência dos veí-  FEI, como o vencedor; a Mangue Baja 1, da
           culos quanto pela habilidade dos pilotos.   Universidade Federal de Pernambuco (UFPE),
             Obstáculos com nomes estranhos como “bu-  ficou em segundo; a Baja UFMG, da Univer-
           raqueira”, “campo minado”, “pula-muro”, entre  sidade Federal de Minas Gerais, em terceiro;
                                                                                             Empoeirados, sujos
           outros, definiram o tom da prova e certamente  a Poli Atlas, da Escola Politécnica da Univer-  de lama, exaustos,
           serão lembrados pelas equipes. Assim como os  sidade de São Paulo (Poli-USP), em quarto; e   mas certos do
           desvios disponibilizados, os  chicken ways, ga-  a Mangue Baja 2, da Universidade Federal de   dever cumprido: a
           rantiam a diversão dos espectadores quando os  Pernambuco (UFPE), em quinto.   n  confraternização final
           pilotos menos ousados optavam por uma opção
           mais fácil. Os que suplantavam todos os obstá-
           culos curtiam a “gangorra” de parque de diver-
           sões colocada ao final. A FEI Baja 2 conseguiu
           “pular o muro”, o obstáculo mais difícil, e ven-
           ceu a prova com o tempo de 124 segundos. A
           maioria dos competidores pontuou pelo trecho
           percorrido sem chegar ao final.
             Com direito à transmissão pela TV local, no
           domingo, as 59 equipes largaram para as 4 ho-
           ras contínuas do Enduro, ou prova de resistên-
           cia, com muito calor, poeira, solavancos, saltos e
           até capotagens. Suspensões, transmissões, rodas
           e pneus falhavam muito e mecânicos e pilotos
           se esforçavam para repará-los rapidamente.

           abril/maio/junho                                                                                 27
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