Page 14 - Revista EAA - Edição 93
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SAE BRASIL E A MOBILIDADE
Centro de treinamento Weg sempre à frente em suas percepções de formação de talentos
Política industrial tem que ter começo, meio e objetivo final, que
possa ser revisitada, mas sem perder a previsibilidade. O mundo
inteiro tem sua política industrial. Como exemplo claro, pode-
mos ver os EUA, Alemanha e China. É muito importante saber
equilibrar essas políticas, dar foco, senso de direção em função
do que o Brasil necessita. Como não há recursos para tudo, se
quiser resolver tudo, não resolvemos nada.
Assim é necessário entendermos as necessidades brasilei-
ras, sejam sociais, sejam ambientais, sejam econômicas, como,
por exemplo, o saneamento básico. Um país que tem menos
de 50% da população servida por sistema de esgoto é um país
que está dando errado. Precisamos atacar isso de forma decisiva
e resolver essa situação. Uma política nacional de inovação e
Antes de construir aviões é preciso construir talentos, porém, P&D tem que mirar nisso. A economia verde é uma grande
com a mesma paixão da Embraer vocação brasileira e todo o mundo está buscando fazer sua par-
te nas reduções de emissões de gases de efeito estufa. Para isso,
precisamos de uma política nacional que promova a eficiência
energética em todos os seus usos.
Um dos capítulos é a mobilidade urbana que demanda
tecnologias de baixas emissões de poluentes locais, sendo a
mobilidade elétrica uma entre outras tecnologias sustentáveis
que precisam ser desenvolvidas e produzidas no Brasil. Cadê a
nossa política nacional, que traga todos juntos para construir-
mos uma mobilidade de baixo carbono, urbana e que crie uma
perspectiva clara para os investimentos nas tecnologias que se-
rão demandadas futuramente, gerando empregos, desenvolvi-
O ideal de dois amigos levado às suas últimas consequências: o mento local e das indústrias?
legado de Ozires Silva viverá para sempre Novaes Junior reconhece os efeitos doloridos da desindus-
14 janeiro/fevereiro/março