Page 14 - Revista EAA - Edição 91
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COMBUSTÍVEIS DO FUTURO
ANOS 2010 Para o Brasil, foram anos de grandes difi-
culdades econômicas, em que o mercado automotivo recuou,
principalmente pela queda nas vendas de veículos de entrada,
1.0, pois a parcela da população que havia recebido créditos
para compra de automóveis deixava de ter acesso aos créditos,
tornando o mercado menor em volume, porém com maior
valor agregado. Tivemos uma política de preços de combus-
tíveis que foi desastrosa para o etanol, e houve um declínio
em sua produção, com inúmeras falências e fechamentos de
usinas produtoras. Passamos por um período de evolução na
busca de melhor eficiência energética e crescente preocupação
com o aquecimento global, devido ao crescimento acelerado
das emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE). Figura 3: evolução das gerações e distribuição
A percepção de que o ciclo de vida na produção dos de biogás no Brasil (fonte: PNBB ABiogas 2019).
combustíveis tem papel fundamental na análise da emissão
de GEE passa a ser debatida, e constatamos que os nossos
biocombustíveis eram uma das alternativas mais importan- Houve também a orquestração de um novo programa
tes para evitar a emissão de GEE, quando considerado o de avanço na eficiência energética e apoio à pesquisa e ao
ciclo de vida do combustível, levando em conta também o desenvolvimento, com objetivo de fortalecer as cadeias
ciclo do poço ao tanque (W2T) e do tanque à roda (T2W), produtivas e de desenvolvimentos locais, denominado
gerando a visão W2W (Weel to Whell). Com a criação Rota2030, com uma perspectiva de 15 anos de duração.
do Programa Inovar Auto, em 2012, proporcionou-se um Assim o biogás foi ganhando notoriedade, e diversas regu-
ganho médio de eficiência energética de mais de 15% até lamentações estaduais foram criadas desde 2012, e passou
2017, quando o polêmico programa chegou ao seu final, a ser gerido pelo Ministério de Minas e Energia em 2014,
constatando que o nível de nacionalização não teve grandes criando uma perspectiva de participação em conjunto com
impactos com as medidas protetivas, tão criticadas pela Or- o gás natural na geração de energia elétrica e com forte par-
ganização Mundial do Comércio (OMC). ticipação na redução dos gases de efeito estufa, quer seja o
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