Page 59 - Revista EAA - Edição 58
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Novidades tecnológicas da competição
Conectividade – as equipes investiram fortemente em
sistemas de comunicação entre pilotos e os boxes.
os times Corisco, da Politécnica de Pernambuco; mangue
Baja 1, da Federal do Pernambuco, e a Piratas do vale-Bardahl,
da engenharia de Guaratinguetá, desenvolveram recursos
de telemetria. Por meio de sensores posicionados na pista,
o sistema enviava informações do carro (temperatura do
óleo, nível do fl uido de freio, velocidade, aceleração e espaço
percorrido) em tempo real para o boxe.
A Bajarara, do Centro universitário hermínio ometto, do
interior de são Paulo, criou um sistema de comunicação
por barramento de CAn que permitia ao carro enviar dados
para a equipe enquanto estava na pista. As mensagens eram
geradas por meio de uma rede de difusão (broadcast) com um equipe mangue Baja 1, da universidade Federal do
dispositivo central. Pernambuco, a grande vencedora da competição
e a Zebu Baja, da universidade Federal do triângulo mineiro,
criou um sistema de eletrônica de bordo que, por meio de um
mostrador de leD incorporado ao protótipo e em tempo real,
informava o piloto das condições do carro.
Sustentabilidade – A preocupação com o meio ambiente
também esteve presente. A equipe estreante Amazon Baja, da
universidade Federal do Pará, usou compósito com fi bra de
juta na carenagem do veículo; já a equipe mangue Baja 1 e 2,
da universidade Federal de Pernambuco, investiu na fi bra de
coco do compósito para a construção do painel do carro.
os alunos da unicamp construíram amortecedores de
plástico e a carenagem em compósito de fi bra de carbono, de
vidro e de curauá, uma planta. A fi bra extraída de suas folhas é
resistente, macia, leve e reciclável.
Transmissão – o câmbio dos carros foi desenvolvido por
boa parte dos participantes: Pantanal Baja ms, do Centro
universitário Anhanguera, de Campo Grande – mato Grosso
do sul; a Fei Baja 1 e Fei Baja 2, do Centro universitário da Fei, e hora da comemoração. Pódio com os cinco
a atual campeã, Baja uFmG, da universidade Federal de minas melhores classifi cados
Gerais foram algumas delas. um bom desempenho
e a equipe da universidade Federal do espírito santo, vitória
Baja, posicionou o motor longitudinalmente no chassi. na lama ajudou a somar
Metalurgia do pó – os carros das equipes Fei Baja 1 e Fei pontos preciosos
Baja 2 contaram com engrenagens produzidas pelo processo
de sinterização, um sistema que reduz o tempo de fabricação,
desperdício de material e de energia consumida.
Eletrônica – o carro da mangue Baja 1, da Federal do
Pernambuco, possui sistema híbrido para dar suporte à bateria.
Para tanto, a equipe usou um conversor que transforma
a energia térmica do motor em energia elétrica, ou seja,
transforma calor em eletricidade, que é transferida para a
bateria que alimenta o painel eletrônico do carro.
A Bajampa, equipe do instituto Federal de educação da
Paraíba, desenvolveu um acelerador sem cabo. Por meio de
um sensor, a posição do pedal é enviada para uma central
eletrônica que, ao receber a informação, aciona um motor
elétrico (servo-motor) que abre ou fecha a borboleta de
acordo com a posição do pedal, controlando a admissão de
mistura ar-combustível para o motor.
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