Page 73 - Revista EAA - Edição 61
P. 73
peus deverão liderar a adoção da tec-
nologia 48 V. Várias novas funções poderão ser adicionadas
“Na Europa, os micro-híbridos quando os sistemas elétricos passarem para 48 V
ainda usam 12 V, mas os cinco maiores
fabricantes estão pensando em 48 V”,
disse Jifeng Qin, diretor de Produtos
Automobilísticos MOSFET (metal
oxide semiconductors field effect trans-
ducers, transdutores efeito-campo por
semicondutores de óxido metálico) da
International Rectifier. “Vários forne-
cedores Tier 1 já começaram a fabricar
sistemas 48 V. Eles começarão a ace-
lerar a produção em 2017, chegando
ao mercado de produção em massa no
ano-calendário 2018.”
A transição para 48 volts permiti-
rá que equipes de projetos adicionem
Baterias partem para a manta para maiores tensões
As tecnologias de baterias de automóveis usadas na maioria dos veículos com motor de
combustão interna não mudaram significativamente por várias décadas, mas isso deverá mudar
caso chegue a tecnologia 48-V, como é esperado. A tecnologia de manta de vidro absorvedora
(AGM, a sigla em inglês) pode proporcionar altas tensões, ao mesmo tempo mantendo os
benefícios de preço das baterias convencionais ácido-chumbo.
As baterias AGM também combinam melhor com as necessidades dos sistemas desliga-liga
que deverão decolar nos EUA após terem sido amplamente aceitos na Europa. O desliga-liga já
ocasionou mudanças importantes nas baterias convencionais. As de AGM aceitam carga bem mais Melhores baterias
rapidamente do que aquelas, de modo que sua duração não é afetada negativamente pelo ciclo
descarga/recarga. são essenciais para o
Igualmente importante, as baterias AGM custam muito menos que as de íons de lítio usadas desliga-liga e outros
em muitos veículos híbridos e elétricos. Muitos acham que a bateria AGM poderá ser a mais usada itens que exigem
nos sistemas de 48 volts, embora a de íons de lítio possa ter uso maior à medida que a tecnologia alta potência
desliga-liga evolua.
“Baterias melhores são fundamentais”, disse Craig Rigby, vice-presidente de Gerenciamento
de Produto e Estratégia da Johnson Controls Power Solutions. “Baterias AGM ácido-chumbo são
bastante adequadas para o desliga-liga, a maioria dos fabricantes europeus a utiliza agora. As de
íons de lítio servem mais para os fabricantes que adotam regeneração de frenagem, pois aceitam Sistemas de
carga mais rapidamente do que as de chumbo-ácido.” gerenciamento de
O United States Advanced Battery Consortium está dando grande impulso à tecnologia de 48 baterias poderão
volts. No começo deste ano, o grupo, que é operado pela Chrysler, Ford e General Motors, emitiu ser usados para
um pedido de informação para uma proposta de desenvolvimento das baterias 48-V avançadas
para híbridos não recarregáveis. variadas tensões
Os desenvolvedores estão também se empenhando para construir controladores de baterias que
possam operar com várias tensões, dos básicos sistemas de 12 volts aos de tensão mais elevada para
os motores elétricos. A redução do tempo de desenvolvimento é o principal objetivo para qualquer
nova tecnologia. Se os projetistas de ECUs criarem plataformas que possam ser alteradas apenas por
mudança de software, tempo de chegada ao mercado e custo serão reduzidos.
“Deseja-se que o dispositivo de gerenciamento da bateria seja agnóstico quando se vai além de
12 V. Quando se parte para 400 V para um híbrido ou usando 48 V, o sistema de gerenciamento da
bateria deve ser o mesmo,” disse Jaime Pla, diretor de Operação de Produtos de Força da Freescale.
“Essa é a razão de engenheiros não precisarem conhecer novo silício.” Terry Costlow
73