Page 14 - Revista EAA - Edição 65
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MANUFATURA CAPA
bocadores. Ou seja, com os AGV, a
linha de montagem passa a ser flexí-
vel, inclusive quanto ao trajeto. Basta
alterar a posição das fitas magnéticas
no chão da fábrica que a linha muda
de trajeto. Com motores elétricos, os
AGV têm suas baterias recarregadas
em quatro paradas na própria linha
de montagem, mantendo a faixa ide-
al de tensão e corrente.
Além dos 54 robôs-transporta-
dores em operação, existem outros
de reserva para alguma pane. E, se-
gundo Fernando Bitencourt, gerente
de Carroceria e Pintura da Nissan,
exatamente aí está mais uma vanta-
gem sobre a linha de produção clás-
Linha flexível na fábrica de sica, toda interrompida com qualquer
Resende: basta alterar a problema. Caso algum AGV apre-
posição das fitas magnéticas sente defeito, basta substituí-lo ra-
no chão da fábrica pidamente, o que pode ser feito sem
interrupção da linha de montagem.
Ou seja, a manutenção se torna mais
simples, com menor custo, além de
Fábrica de motores Nissan: aumentar a produtividade.
unidades de 1.0 e 1.6 feitas Como toque bem oriental, os
no Rio de Janeiro AGV ainda fazem gracinhas, tocan-
do músicas durante seu trajeto. No
início da produção, os robôs espa-
Parte de estamparia da fábrica lhavam seu repertório pela fábrica.
japonesa em Resende Entretanto, depois de algum tempo,
a percepção foi de que a música atra-
palhava o ambiente fabril, pois au-
mentava a poluição sonora. Assim, os
AGVs da Nissan, agora, colaboram
com seu silêncio e só se ouve o zuni-
do de seus motores elétricos.
Esses robôs também contam com
programação de segurança e senso-
res de presença que param o veículo
elétrico se uma pessoa ou obstáculo
surgir no trajeto. Caso a pessoa per-
maneça bloqueando sua passagem,
eles acionam uma sirene para avisar
sobre a anormalidade.
Mesmo sem música, os robôs sa-
bem se defender e aumentar a segu-
rança da linha de montagem.
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