Page 25 - Revista EAA - Edição 72
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MÁQUINAS AGRÍCOLAS E DE CONSTRUÇÃO                                  de obras, inclusive pessoas. Em um compa-
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           As novas ferramentas do campo                                       estrada pavimentada, o uso de sistemas in-
                                                                               tegrados permitiu a economia, em horas, de
                                                                               31% da mão de obra, 34% do equipamento,
           Esqueça foice e enxada, o Brasil da agricultura                     46% de projeto e 37% do combustível”.
           e dos campos de construção já é conectado                              Para o moderador do painel, Jerôni-
                                                                               mo Marin Cruz (foto), diretor executivo da
                                                                               TecCom, além de vivermos uma revolução
             aís com forte vocação agropecuária, o  também participou do evento, afirmou que  tecnológica, ainda vivemos em um país
          PBrasil do interior cresceu muito nos úl-  a conectividade já faz parte das grandes  milagroso, que mesmo com todas as adver-
           timos anos, mas precisa ir ainda mais lon-  fazendas, que têm safras muito planejadas.  sidades, ainda consegue ser líder na produ-
           ge para atender a uma demanda cada vez  “A troca de informações, não apenas com o  ção de alimentos.   [CM e PL] n

           maior, explicou João Pontes, diretor de pla-  escritório, mas até com os concessionários
           nejamento estratégico da John Deere, no  dos equipamentos, é muito alta. Isso é o
           Painel Máquinas Agrícolas e de Construção.  que permite programar plantio, colheitas,
           De acordo com o executivo, para conseguir  adubagem e manutenção das máquinas,
           atender à população mundial, que até 2050  tudo na hora certa”, explicou.
           deve crescer em torno de 20%, o país terá   Em comum, fazendas e áreas de mine-
           de produzir 40% mais alimentos. “Os pro-  ração e construção civil, tem a tecnologia
           dutores estão trabalhando firme nesse ob-  de comunicação, tanto na captação e in-
           jetivo e a tecnologia tem ajudado bastante.  terpretação de dados, quanto na geração e
           Para se ter ideia, de 1981 a 2015, o aumento  compartilhamento de informação útil. Para
           da área cultivada foi de 65%, enquanto a  Carlos Dion Teles, supervisor de qualidade,
           produção subiu incríveis 300%”, explicou.  retorno e peças de mineração da Caterpillar,
             Luiz Ghiggi, vice-presidente de enge-  vivemos a era do aço inteligente: “Os siste-
           nharia do produto da AGCO do Brasil, que  mas nos permite monitorar todo o canteiro



           MOTORSPORT
           25 anos de evolução



           Desafios e muitas histórias
           sobre o automobilismo
           marcaram o encontro


              ediado pelo jornalista e diretor da
          MBeepress, Wagner Gonzalez, o Painel
           de Motorsport foi um encontro de espe-  analisou. José Minelli (foto), engenheiro da   A Fórmula Inter tem cumprido o papel
           cialistas que participaram de grandes mo-  Fórmula Inter, concorda com Hoffmann:  de incentivar o esporte e ajudar a formar no-
           mentos do esporte. Nele, foram ressaltados  “Existe  cada  vez  menos  pessoas  interes-  vos pilotos. Seu diretor, Marcos Galassi, falou
           os desafios para os próximos anos. “Parti-  sadas no automobilismo. Hoje, quem está  sobre o programa desenvolvido para quem
           cipar do automobilismo brasileiro é uma  envolvido no esporte é por paixão”.   quer entrar. “Oferecemos a porta de entrada
           aventura com histórias de homens incrí-  Uma  das  poucas empresas  que  con-  para quem quer se tornar piloto e profissio-
           veis”, observou Gonzalez.         tinuam lutando pelo automobilismo é a  nal com as informações necessárias e ações
             Uma dessas histórias é a entrada de  Mitsubishi. Guilherme Spinelli, piloto e dire-  como o marketing, por exemplo”, explicou.
           Ingo Hoffmann, piloto, para a Fórmula 1.  tor de competições da fabricante, ressaltou   Benedito “Dito” Giannetti Jr., proprietá-
           “Em 37 anos de carreira, esta passagem é  que, “atualmente, os fatos que mais marca-  rio do ECPA (Esporte Clube Piracicabano de
           uma das mais emocionantes e marcantes”,  ram o automobilismo nacional continuam  Automobilismo), que inclui um autódromo,
           disse o piloto. Ele ainda afirmou que, atual-  sendo o Rally dos Sertões e as categorias da  disse que trazer pessoas novas para o auto-
           mente, as fabricantes parecem não se inte-  Mitsubishi. Muitas pessoas se apaixonam  mobilismo é mesmo um desafio. “É preciso
           ressar pelo automobilismo. “Infelizmente,  pelo esporte porque provas como estas  união de todos os segmentos para que isso

           esse é um retrocesso para todo o esporte”,  não pararam no tempo”.   aconteça”, ponderou.   [CM e PL] n
           outubro/novembro/dezembro                                                                        25
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