Page 14 - Revista EAA - Edição 83
P. 14
ROTA 2030
do Departamento de Política Científica e Figura 3. Visão para infraestrutura
Tecnológica do Instituto de Geociências
Tipos de infraestrutura Cinco anos (2023)
da Universidade Estadual de Campinas Mais de 60% de nacionalização dos
(LEVE/DPCT/IG/Unicamp) sob demanda Infraestrutura componentes de eletropostos AC fabricados
de recarga lenta/
da GIZ (Agência Alemã de Cooperação localmente. Desenvolvimento local de sistemas
semirrápida (AC)
Internacional) e do Ministério da Economia, de controladores e de proteção terra.
que teve o GT7 como lócus para discussões, Mais de 60% de nacionalização dos
debates e coleta de informações. Infraestrutura de componentes de eletropostos DC fabricados
Quanto ao primeiro resultado, fazem-se ain- recarga rápida (DC) localmente. Desenvolvimento local de
sistemas de controladores, de proteção
da necessárias discussões para o desenho de um
terra e monitor de isolação de cabos DC.
Plano Nacional de Eletromobilidade, algo que
Reformadores de hidrogênio com mais
exigirá plena articulação entre todos os atores Infraestrutura de de 60% de nacionalização. Alianças
envolvidos no tema. recarga de Células em P&D para transferência tecnológica
Quanto ao segundo, uma ampla visão de a Combustível e acompanhamento da evolução das
barreiras e oportunidades foram relatadas para tecnologias ligadas aos compressores.
as configurações dos veículos elétricos a bate-
ria, híbrido plug-in e a célula a hidrogênio. As Figura 4. Visão para integração
visões foram construídas considerando o hori-
Tipo de Dez anos Quinze anos
zonte de cinco, dez e 15 anos (até 2033), ali- Cinco anos (2023)
Integração (2028) (2033)
nhando-se ao mesmo ciclo do programa Rota
Criação de capacidades de
2030. Optou-se por este tipo orientação pois
montagem e manufatura
o programa Rota 2030 passou a ser a primeira
de veículos elétricos Ampliação das atividades
política de seu tipo no país que orienta esfor- híbridos a partir de de montagem de veículos
Veículos
ços ao desenvolvimento de novas tecnologias powertrains customizados híbridos em grande parte
Híbridos
de propulsão automobilística e que passa a dar (flex/etanol otimizado). das montadoras instaladas
maior ênfase na eletrificação veicular, dando Início da produção local em no Brasil.
menor escala de veículos
pistas de que no período de sua vigência serão
híbridos.
ampliados os esforços para o adensamento pro-
Transferência tecnológica Ampliação das
dutivo local da eletrificação. Início da
das matrizes e alianças atividades de
Para tal, definiram-se os seguintes blocos de em P&D (principalmente produção montagem
Veículos local em
competências: na montagem do de veículos
Elétricos menor
v Tecnologias do powertrain, abrangendo os tipo modular) para elétricos
a bateria escala de
motores elétricos, eletrônica de potência e o aprendizado das em grande
e Híbridos veículo
cabos e conectores (figura 1). subsidiárias locais e parte das
Plug-in elétricos
v Tecnologias de acumuladores, abrangendo acompanhamento das e híbridos montadoras
tecnologias associadas à instaladas no
as baterias de alta e baixa tensão em células, plug-in.
manufatura/montagem. Brasil.
módulos e packing (figura 2).
v Tecnologias de infraestrutura (carregadores
e eletropostos em corrente contínua/alterna- Figura 5. Oportunidades e barreiras para powertrain
da) (figura 3). Oportunidades Barreiras
v Tecnologias para a integração (figura 4).
• Indústria local com capacidade
Das visões, foram levantadas as barreiras e
produtiva nas tecnologias do
oportunidades para cada bloco de competências
powertrain em respostas às demandas • Ausência de parcerias das
(figura 5). específicas das montadoras; montadoras locais com a cadeia
Nota-se que, apesar da ausência de parcerias • Aproveitamento das capacidades produtiva local;
consolidadas entre fabricantes de autoveículos e e competências tecnológicas para • Indústria local dependente da
a cadeia de produção local e da dependência da desenvolvimento local de powertrain importação de tecnologias
híbrido a etanol/flexfuel, em complementares.
importação de tecnologias que não são “core”, há
linha com incentivos ao setor dos
base industrial instalada que pode ser utilizada
biocombustíveis no país.
no contexto dos híbridos a etanol.
14 julho/agosto/setembro