Page 26 - Revista EAA - Edição 97
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ELETROMOBILIDADEOGRAMAS ESTUDANTIS
FELIPE FANTELLI veículos Fórmula SAE e Baja SAE. Esse desafio surgiu
em meio à pandemia e contou com o apadrinhamen-
to técnico de Daniel Bueno, chief engineer na Embraer,
além do grande apoio e incentivo de Monica Panik, em-
baixadora da H no Brasil. Contou com oito equipes, das
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quais apenas quatro conseguiram apresentar veículos e
apenas uma conseguiu fazer seu carro andar, o qual se
tornou o primeiro veículo no mundo movido a H cons-
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truído por estudantes.
Para a próxima competição do FSAEB estamos pla-
nejando conseguir fazer a primeira demonstração de veí-
culo autônomo e, para a competição seguinte, estamos
discutindo um modelo em que a categoria elétrica possa
ter uma bonificação na sua pontuação caso faça alguma
das provas dinâmicas com veículo em modo autônomo.
É mais uma inovação que queremos trazer para o Brasil,
e mais uma expertise que pretendemos desenvolver nos
nossos estudantes participantes.
“O Fórmula SAE é sem sombra de dúvida um ala-
vancador na carreira de um engenheiro. As atividades
dentro de uma equipe propiciam uma experiência inten-
sa do que é contribuir para o mercado em um ambiente
competitivo, além de possibilitar a expansão do networ-
king em nível nacional e internacional. O grau de conhe-
cimento técnico e inovações são equiparáveis aos obser-
vados nos principais centros de tecnologia do mundo.
A colaboração para a engenharia no Brasil, juntamente
com as histórias de superação, é o que nos motiva a pro-
mover tais desafios”, diz André Chedid, engenheiro de
R&D na BMW em Munique.
Segundo Daniel Bueno, “o melhor que existe nes-
ta competição e em todas as outras da SAE BRASIL
são os amigos que fazemos. São bons os contatos pro-
fissionais, mas durante a competição todos falamos de
Em depoimento, Aldo Fanteli, consultor de negócios coisas que gostamos. Carros, engenharia, competições
e juiz da Fórmula SAE desde a sua segunda competição automobilísticas e festas. Temos consciência também da
no Brasil, diz: “Todos nós somos apaixonados, porque importância da competição na formação dos estudantes.
a questão não é apenas formar engenheiros, mas apre- Já temos muitos deles trabalhando conosco na indústria
sentar um resumo dos desafios que encontrarão em sua e são profissionais diferenciados. Sabem resolver os pro-
vida profissional. E tudo isso em uma atividade desa- blemas, têm iniciativa, são criativos e eficientes. Já tive
fiadora e altamente motivadora. Também os voluntários que colocar muitas ‘morsas’ nos nossos produtos. Graças
enfrentam desafios e atualizações constantes. Quando os à confiança que adquirimos ao exercitar isso nas compe-
fórmulas com motor elétrico começaram a competir, fui tições da SAE BRASIL, sempre trabalhamos com segu-
assistir à competição italiana para aprender como fazer a rança e garantimos o alcance dos objetivos da equipe.” n
inspeção de conformidade técnica de segurança, inédita
para nós.”
No último ano, conseguimos conciliar com o FSAEB
a criação de uma nova competição, a H Challenge, onde
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alunos e universidades foram estimulados a construir * Renato Kazuo Murakami é gerente industrial do Grupo Kion e diretor-
protótipos movidos a hidrogênio partindo da base dos geral do Comitê Técnico do Fórmula SAE BRASIL.
26 janeiro/fevereiro/março