Page 36 - Revista EAA - Edição 97
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PROGRAMAS ESTUDANTIS


















































          desse projeto foi o que mais me motivou durante a faculdade.   enduro, incluindo responsabilidades variadas: pelos custos de
          Você é desafiado como um profissional de engenharia, tem   materiais, patrocínios, soldagem, logística, execução e gestão
          que resolver problemas que não têm um passo a passo certo e   de projeto, pilota de slalom e capitã da equipe. Também pude
          tem que estudar muito para resolver. E o sentimento em ver   combinar as pesquisas científicas como o cálculo de forças e
          algo que você mesmo construiu é indescritível!”    tensões atuantes no sistema de direção e a análise metalográ-
            Abdalla, que hoje trabalha como ops engineer na Vammo   fica de um aço multifásico, em parceria com a Usiminas. Os
          Motos Elétricas, afirma:                           programas SAE motivam o estudante a buscar conhecimento
            “Participar de um projeto desses é uma oportunidade   contínuo e desenvolver soft skills que incluem desempenhar
          única.  Além  do  crescimento  técnico,  também  temos  que   um projeto em equipe, realizar benchmarking com outras uni-
          aprender a lidar com pessoas, equipes, responsabilidades,   versidades, influenciar dentro e fora do time, negociar recursos
          patrocinadores e fornecedores. Isso faz você amadurecer   e ideias, criar e manter relacionamentos, inovar, desenvolver
          rápido, faz você melhorar na esfera profissional e na esfera   liderança e comunicação, entre outras habilidades tão necessá-
          pessoal. Hoje posso dizer que sou realizado profissional-  rias para o bom desempenho no mercado de trabalho.”
          mente e só cheguei aqui devido a essa experiência. Isso sem   Cátia atua como gerente sênior de validação na GM
          falar de todas as pessoas incríveis que você conhece e vai   ao lado de vários outros “profissionais SAE”, como Luiz
          levar para o resto da vida!”                       Eduardo Martins (ex-bajeiro Unifei), que também afirma:
            Durante a universidade, os estudantes que participam dos   “O Baja foi meu primeiro contato com a engenharia de
          programas SAE acabam atuando em vários papéis e viven-  produtos  automotivos. Essa experiência me agregou co-
          ciando desafios reais de engenharia. Cátia Ferreira (Baja Unesp   nhecimento técnico e despertou interesse profissional na
          1999 a 2003) ilustra: “Pude aplicar o conhecimento teórico   área em que atuo até hoje!” Assim como Cátia e Luiz na
          na prática, desde as etapas da concepção e construção até a   GM, é muito comum encontrarmos profissionais SAE tra-
          avaliação de performance de um veículo, nas provas práticas e   balhando juntos em diferentes áreas e segmentos.
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