Page 23 - Revista EAA - Edição 57
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O BorgWarner B01
possui mancais mais
robustos e melhor a
dissipação de calor
caras) opções de modelos importados
oferecidas regularmente.
Entretanto, visto que, atualmente,
88,5% dos automóveis vendidos aqui
são flexíveis em combustível, para en-
trar na corrida por esse novo eldorado
automobilístico brasileiro as multina-
cionais de turbocompressores tiveram
de submeter o desenvolvimento de De acordo com Arnaldo Iezzi Jr., diretor-geral da BorgWarner do Brasil, de
seus produtos ao uso do etanol, antes uma forma geral, os principais desafios para o turbo aplicado em motores flex
mesmo de anunciarem os investimen- são a alta diluição do óleo no sistema de mancais, o corrosivo gás de escapa-
tos para o explosivo aumento da pro- mento em contato com o estágio da turbina e a corrosão do alumínio no lado
dução que projetam. do compressor por conta da composição do blow-by. “A BorgWarner desenvol-
veu um sistema de mancais mais robusto, com desenho e tolerâncias diferentes,
Desenvolvimento acelerado além de melhorar a dissipação de ca-
Na expectativa do início de forneci- lor na carcaça central, o que mantém a
mento de turbocompressores para os viscosidade do óleo em níveis aceitá- O NGT12 é mais compacto
motores de três cilindros flex a partir veis”, afirma o executivo. e tem carcaça de aço inox
do próximo ano, o Grupo BorgWarner
anunciou recentemente o aporte, até
2017, de mais de R$ 100 milhões na
implantação da linha de turbocom-
pressores para motores flex, melhoria
dos processos produtivos e expansão
da capacidade. A multinacional de
origem americana já testa uma nova
tecnologia de motores compactos e
está trabalhando com três fabrican-
tes em testes de engenharia avançada
para a produção de programas e plata-
formas de motores flexíveis turbo. Em
agosto, a empresa apresentou o turbo-
compressor B01, voltado a veículos de
passeio e projetado para motores entre
0,8 e 1,4 litro. O início da produção
do B01 está previsto ainda para este
ano, na nova unidade de Itatiba (SP).
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