Page 42 - Revista EAA - Edição 64
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TECNOLOGIA
Percentual de veículos Percentual de veículos Percentual de veículos Percentual de veículos
Percentual de veículos
com tendência para o
com tendência para o
E100 ser pior Percentual de veículos
E100 ser pior
Ponto de engate Aumento da aceleração Redução de rotação
durante troca de marchas Oscilações da velocidade Pulo inicial Aceleração rápida
Normal Normal Redução de marchas Com carga dos acessórios Após velocidade Após aceleração
Saída Saída Mudança de marchas constante
Marcha-lenta Aceleração rápida Liberação rápida
Figura 5. Porcentagem de veículos que Figura 6. Porcentagem de veículos que
apresentaram uma diferença estatística entre apresentaram uma diferença estatística entre
etanol (E100) e gasolina (E25) / Tendência etanol (E100) e gasolina (E25) / Tendência
do etanol (E100) apresentar notas piores do etanol (E100) apresentar notas piores
medianas entre os dois combustíveis serem estatisticamente diferentes, com o Conclusões do estudo
etanol (E100) apresentando notas melhores. Os três critérios mais afetados pelo uso
As figuras 5 e 6 mostram os critérios AVL-DRIVE que possuem a tendência de etanol (E100) representam apenas
das medianas entre os dois combustíveis serem estatisticamente diferentes, com o 2% do total dos critérios avaliados pelo
etanol apresentando notas piores. AVL-DRIVE em veículos com trans-
missão manual. Os resultados levam
Critérios de dirigibilidade afetados pelo uso do etanol (E100) à conclusão que a dirigibilidade com
A análise estatística mostrou que para a maioria (86%) dos critérios AVL-DRIVE, E100 é 98% similar à dirigibilidade
as medianas dos dois combustíveis são estatisticamente semelhantes. Consideran- com E25 em condições de temperatu-
do, finalmente, os 14% restantes, percebe-se que apenas alguns critérios mostram ras do motor estabilizadas.
tendência moderada do etanol (E100) afetar a dirigibilidade tendo a temperatura Verifica-se também que os efeitos
do motor estabilizada. Nas figuras 3, 5 e 6, podemos identificar os três critérios de hesitações durante a arrancada inicial
mais afetados pelo uso de etanol (E100) conforme identificado na figura 7. são melhores com etanol (E100); e que
A figura 8 mostra a porcentagem dos veículos que mostram uma tendência os vazios iniciais encontrados durante o
a ter a dirigibilidade afetada pelo uso do etanol (E100) considerando os critérios acelerar – após velocidade estabilizada
da tabela anterior. e pulos durante o levantar de pé – após
uma aceleração são piores quando com-
Figura 7. Critérios Modo de Operação Principal Modo de sub-operação Critérios parados à gasolina (E25).
mais afetados Saída Saída vigorosa Solavancos Com uma amostra de 10 veículos, o
pelo uso do Aceleração rápida Após velocidade constante Pulo inicial maior torque disponível nos testes com
etanol (E100) Liberação rápida Após aceleração Aceleração rápida etanol (E100), que poderia gerar maiores
forças de excitação no conjunto motriz,
Figura 8. não influencia na dirigibilidade e,m uma
Porcentagem proporção que poderia resultar em uma
de veículos com tendência entre os veículos.
tendência de Essas considerações suportam o de-
serem afetadas Percentual de veículos senvolvimento de métodos de verificação
pelo uso do Porcentagem de veículos específicos para os times de calibração,
etanol (E100) com tendência de o E100 desempenho, dirigibilidade e qualidade,
afetar a dirigibilidade
visando elaborar testes cada vez mais efi-
cientes no que diz respeito ao tempo de
execução e aos custos de engenharia. ■
Trancos Pulo inicial Aceleração
Saída vigorosa Após aceleração constante Após aceleração *Edgard Marcelo de Assis, Douglas Martini e Edu-
Saída Aceleração rápida Liberação rápida
ardo Nunes da Silva são da Ford Motor Company;
Lucas de Carvalho Kira é da AVL South America
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