Page 69 - Revista EAA - Edição 67
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voos, os dados gerados são alinhados Existe muito monitoramento para detectar eventuais desvios. Se algo ocorre,
com os da modelagem. Simuladores e não deveria estar acontecendo segundo os manuais, o fabricante providencia
antes das aeronaves prontas aumen- um boletim e as devidas mudanças nos manuais e só aí é incrementado nos
tam a segurança dos voos de teste. simuladores. Novamente, e sempre, essas atualizações têm de ser homologadas
Não servem para treinamento por pelos órgãos reguladores.
não estarem homologados, somente Para um futuro mais imediato, espera-se que os simuladores se tornem mais
para testes. viáveis economicamente, com sistemas mais simplificados, porém, com mais
O centro de treinamento também recursos e aprimoramentos de hardware e software, melhorando ainda mais a
deve ser homologado. A autoridade disponibilidade desses equipamentos. É, obrigatoriamente, uma atividade de de-
de um outro país até pode, eventual- senvolvimento continuado.
mente, aceitar a certificação da Anac O FFS é uma ferramenta de importância sem igual. Com o aumento do
brasileira, validando a mesma para tráfego aéreo, sempre há a necessidade de recursos mais completos e mais
treinamento de seus pilotos. Não é precisos, em terra e no ar. A aviação tem proporcionado isso em prol da se-
qualquer local que pode receber um gurança e, como consequência e retribuição, uma maior segurança na aviação
equipamento de grande porte para deve muito aos simuladores. n
simulação. É necessária uma locali- (Agradecimentos: Azul; CAE; GOL/Lockheed Martin e Helibrás)
dade específica para instalação, com
uma estrutura com especificações
próprias para suportar os esforços
que um simulador produz. O am-
biente deve ser controlado em ter-
mos de temperatura e umidade, bem
como haver infraestrutura predial
adequada e com grupo de manuten-
ção 24 x 7, escaladores, instrutores e
profissionais de órgãos reguladores.
Nem a empresa que treina nem a
companhia aérea podem fazer mu-
danças no simulador. Dependendo
do contrato, a companhia aérea pode
propor mudanças ou sugestões. A
companhia aérea pode pedir para
incluir opcionais e até personalizar.
Mudar o software depende só do
fabricante. Se o fabricante cria uma
novidade, aí é inserido em todos (ex.:
aproximação específica para um de-
terminado aeroporto) e, caso ocorra
algo novo, a companhia aérea leva ao
fabricante para introduzir no pacote
de voo e aí é introduzido no simula-
dor, se for o caso.
Um IPT, fase
importante e que
precede o FFS
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