Page 20 - Revista EAA - Edição 70
P. 20
TECNOLOGIA
- E30
-
Recentes - • = data point 87 87 AKI E0
-
experimentos - - E30 (12:1)
destacaram os - - Potência constante
Em um motor de benefícios dos -
pesquisa de alta - - • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
compressão, a combustíveis - IMEP - • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • E0 (9.2:1) • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
alta octanagem • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •
da E30 permite de alta - -
a duplicação de octanagem - 87
torque disponível - E0 (12:1)
em comparação para motores - -
com a da gasolina -
E0 87 AKI a gasolina - - - - - - - - - - - - -
Splliter e Sybist. 1200 1600 2000 2400 2800 3200
Oak Ridge Rotações do motor (RPM)
National Laboratory
se beneficiaria muito desse maior número de Na atualidade, quando se analisam as dife-
octanas. Já um motor de nova geração, com rentes tecnologias disponíveis para melhorar a
uma calibração de fábrica prevendo um com- eficiência dos motores de combustão interna,
bustível com maior octanagem, teria o máxi- o etanol geralmente apresenta uma vantagem
mo de aproveitamento. competitiva importante. Esses resultados se
A mudança realizada pelo governo brasilei- destacam sempre que ele está associado a uma
ro de aumentar o percentual de etanol à ga- maior taxa de compressão, a um turbocom-
solina de 22% para 27%, em março de 2015, pressor, aos comandos de válvulas variáveis,
não modificou (aumentou) o número de octa- à injeção direta, portanto, a combinação com
nas, pois essa mudança pode ser feita em uma uma ou várias dessas tecnologias aumentam as
gasolina básica de baixa octanagem. Se essa chances de se transformar o compromisso flex
adição for feita a partir da gasolina usada na em benefício flex. Melhor dizendo, diminuirá
mistura de 22%, aqui apontada como normal, sensivelmente a preocupação com a eficiência
já teríamos um combustível em torno das 100 de cada combustível separadamente.
RON ou mais, em vez da 92 RON que temos. Todas essas novas tecnologias adéquam-se
Portanto, o ideal para os motores mais mo- muito bem ao etanol. A combinação downsi-
dernos e futuros teria sido manter a gasolina zing, turbo e injeção direta, que faz parte do
normal como base para receber o etanol, o que conjunto das principais soluções para redu-
não tem sido feito, até mesmo porque a espe- zir o consumo de combustível e as emissões,
cificação atual da ANP o permite. Com isso funciona muito melhor com o etanol. São
teríamos uma gasolina normal igual à Podium tecnologias ótimas para gasolinas com alta
para toda a frota. octanagem, que proporcionam vaporização
Hoje já se fala em motores com benefício elevada, resfriam a mistura, permitem uma
flex, que estão pautados para uma redução da maior agressividade nas taxas efetivas, permi-
diferença entre as taxas mínimas e máximas tem uma temperatura final de combustão me-
de compressão para que possam ser usados nor, protegem a turbina do turbocompressor,
com gasolina ou etanol. E na medida em que não ocasionam problemas para o catalisador,
se aumenta a quantidade do etanol à gasoli- enfim, o etanol gera uma série de vantagens
na, a tendência é que essa discrepância fique quando combinado à gasolina.
significativamente reduzida. Mas, para isso, O Brasil precisa passar por uma signifi-
é preciso que se usem as melhores gasolinas cativa mudança de infraestrutura de energia
possíveis (com maior octanagem). mais limpa. n
20 abril/maio/junho