Page 16 - Revista EAA - Edição 76
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MODAIS          ANÁLISE




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                 Momento de transporte de carga por modo [10 t.km]     devem ser maiores do que 0,005. As variáveis
                                                                       que apresentaram R² mais próximo de 1 fo-
           800.000                                                     ram frota de veículos rodoviários de carga e
           700.000                                                     momento do transporte ferroviário de carga
           600.000                                                     (R² > 0,90). Já momento de transporte maríti-
           500.000                                                     mo de carga, venda de veículos rodoviários de
           400.000
           300.000                                                     carga, momento de transporte fluvial de carga,
           200.000                                                     PIB brasileiro e população brasileira apresen-
           100.000                                                     taram um R2 relativamente alto (0,89 > R2 >
               0                                                       0,80). Já o momento de transporte aéreo de
                                                                       carga apresentou um R2 muito baixo (R2 ≈
                                                                       0,36). Quanto ao f de significação, todos apre-
                 Aéreo    Marítimo   Fluvial   Ferroviário   Rodoviário   sentaram valores maiores que 0,005. Quanto
                                                                       ao valor-p, a única variável que apresentou um
          Figura 2. Série histórica do momento de transporte           valor-p maior que 0,005 foi o coeficiente line-
          de carga por modo no Brasil
                                                  2000
                                       1990
                                                1998
                                         1992
                                            1994
                                              1996
                                 1984
                             1980
                           1978
                               1982
                                     1988
                                   1986
                       1974
                         1976
                    1972
          Fonte: Elaboração própria a partir de Greenpeace (2016) 2002   2004   2006   2008   2010   2012   2014      ar associado ao modo aéreo.
                197
                  0
                                                                       Análises
 Figura 5: Série histórica do momento de transporte de carga por modo no Brasil.   Por conta dos resultados da Regressão Linear,
 Fonte: Elaboração própria a partir de Greenpeace (2016)               uma análise aprofundada foi realizada em re-
                                                                       lação à frota de veículos rodoviários de carga

                                                                       e divisão modal. Percebe-se um considerável
 A categorização dos veículos foi realizada de acordo com o Peso Bruto Total (PBT), que
                                                                       aumento na venda de veículos comerciais leves
 representa o peso máximo autorizado que o veículo pode transmitir ao pavimento, isto é, a
                                                                       a diesel e, consequentemente, da frota, e diver-
 soma da tara mais a lotação, e o Peso Bruto Total Combinado (PBTC), que representa o peso
                                                                       sos pontos de variações nos outros tipos de ve-
 máximo que pode ser transmitido ao pavimento pela combinação de um veículo de tração
                                                                       ículos que a compõem. Alguns pontos críticos
 ou de carga, mais possíveis combinações de reboques e semirreboques (Tabela 1), como
                                                                       identificados possibilitam uma investigação
 estabelecido pela Resolução CONTRAN n° 211 de 2006.                   e análise destas variações. O primeiro ponto
                                                                        crítico identificado é o aumento dos Veículos
 Tabela 1: Categorização dos Veículos para o Transporte Rodoviário de Carga      Comerciais Leves (VCL), que tiveram cresci-
         Figura 6: Série histórica da venda dos tipos de veículos para o Transporte Rodoviário de
          Figura 6: Série histórica da venda dos tipos de veículos para o Transporte Rodoviário de
          Figura 3. Série histórica da venda dos tipos de veículos
 TIPO DE VEICULO                      PESO                             mento considerável da frota a partir de 2006,
         Carga no Brasil.
                                                                       devido ao aumento nas vendas. O segundo
          para o Transporte Rodoviário de Carga no Brasil
          Carga no Brasil.
                                      3,5 t < PBT < 6 t
         Fonte: Ela
 Caminhões semileves boração própria com base em MCT (2010) e SINDIPEÇAS (2009).
          Fonte: Elaboração própria com base em MCT (2010) e SINDIPEÇAS (2009)
                                                                       ponto crítico que pode ser observado é o cres-
          Fonte: Elaboração própria com base em MCT (2010) e SINDIPEÇAS (2009).

 Caminhões leves                      6 t ≤ PBT < 10 t                 cimento próximo dos veículos leves, médio e

 Caminhões médios                     10 t ≤ PBT < 15 t                semipesados nas décadas de 70 e 80, porém
 Caminhões semipesados                PBT ≥ 15 t.; PBTC < 40 t         com a diminuição relevante da frota de veícu-
 Caminhões pesados                    PBT ≥ 15 t.; PBTC ≥ 40 t.        los médios a partir da década de 90. O terceiro
 Fonte: Elaboração própria com base em MMA (2013)                      ponto é o de crescimento dos veículos pesados
                                                                       a partir do final da década de 80.
                                                                          Pode-se adotar algumas hipóteses a serem
                                                                       verificadas para justificar as variações na frota de
                                                                       veículos: (1) Mudanças na legislação; (2) Mu-
                                                                       danças no mercado de vendas de veículos para
                                                                       o transporte rodoviário de carga (Ueda, 2012);
                                                                       (3) O tipo de produto transportado; e (4) A mu-
                                                                       dança dos modos utilizados para o transporte de
                                                                        carga nos anos estudados.

          Figura 4. Série histórica da frota de veículos do ciclo diesel
         Figura 7: Série histórica da frota de veículos do ciclo diesel para o Transporte Rodoviário de
                                                                          Segundo Silva (2012), diversas imposições
          para o Transporte Rodoviário de Carga no Brasil
          Figura 7: Série histórica da frota de veículos do ciclo diesel para o Transporte Rodoviário de
         Carga no Brasil.                                              foram implementadas pelo Poder Público na
          Fonte: Elaboração própria com base em MCT (2010) e SINDIPEÇAS (2009)
          Carga no Brasil.
                                                                       restrição de caminhões no Transporte Urbano
         Fonte: Elaboração própria com base em MCT (2010) e SINDIPEÇAS (2009).
           Fonte: Elaboração própria com base em MCT (2010) e SINDIPEÇAS (2009).
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         Cálculo da frota e curva de sucateamento                                      outubro/novembro/dezembro
          Cálculo da frota e curva de sucateamento
         O cálculo da frota circulante baseou-se na estimativa das vendas e das curvas de
          O cálculo da frota circulante baseou-se na estimativa das vendas e das curvas de
         sucateamento para os diferentes tipos de veículos, segundo a Equação 1 (MCT, 2010;
          sucateamento para os diferentes tipos de veículos, segundo a Equação 1 (MCT, 2010;
         SINDIPEÇAS, 2009).                                                            (1)
          SINDIPEÇAS, 2009).                                                           (1)
                      ,              ,      = Vmd,a      (1 −         ,              ,     )
                  
         em que   = Vmd,a      (1 −         ,              ,     )
                ,              ,    
          em que
                           ,              ,     : frota circulante estimada, expressa em números de veículos (Vmd,k) para o
                       
              ano (a);   : frota circulante estimada, expressa em números de veículos (Vmd,k) para o
                     ,              ,    
               ano (a);
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