Page 13 - Revista EAA - Edição 82
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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL ESPECIAL
teriais avançados (compósitos). Empresas for- Figura 2. Modelo
de alta fidelidade no
necedoras de soluções CAE como a MSC Sof-
MSC Adams, parte
tware (adquirida pela Hexagon AB em 2017)
do Grupo Hexagon
têm apresentado soluções de simulação líderes
na indústria para ajudar fabricantes e fornece-
dores a refinar os atributos dos novos veículos
desenvolvidos.
Engenheiros têm utilizado ferramentas de
CAE para aprimorar o desempenho dos veícu-
los por um bom tempo, porém qual a diferença
entre a simulação de veículos autônomos com a Virtual test drive (VTD)
tradicional simulação CAE? VTD é a plataforma aberta para criação, con-
Primordialmente, em um ambiente de de- figuração e animação de ambiente virtual para
senvolvimento de veículos autônomos, além do testes e validação de veículos autônomos. O Vi-
veículo em conceito (o chamado “Veículo Ego”), res atua como gerenciador dos domínios men-
é necessário que diferentes tipos de participantes cionados acima. Este recebe as posições e mo-
sejam incluídos no cenário, como, por exemplo, vimentos do veículo, remonta o ambiente 3D
outros veículos, pedestres, ciclistas, animais (al- em tempo real (incluindo trânsito e pedestres),
ces, cavalos, cangurus) e assim por diante. computa a percepção dos sensores, calcula o mo-
Em segundo lugar, a precisão na percepção vimento de todo ambiente em torno do veículo,
do veículo é crucial para uma simulação acurada. e assim por diante. Esse fluxo de informações é
Diferente de um modelo de veículo de simula- então utilizado para treinar um motorista virtual
ção tradicional de CAE, o “Veículo Ego” mo- em todos os níveis (acoplamento dos sensores,
delado em um ambiente de veículo autônomo detecção de objetos, planejamento de trajetória)
nem sempre está perfeitamente ciente do am- ou para avaliar seu desempenho em termos de
biente em seu entorno. Ao invés disso, o veículo segurança, conforto e eficiência.
enxerga apenas o que está dentro do alcance de
seus sensores, portanto é importante simular o Modelo CAE do veículo
comportamento dos diferentes tipos de sensores Dependendo do cenário que é estudado, é co-
(câmera, radares etc.) e como tais equipamentos mum trabalhar com modelos de veículos de ní-
irão funcionar em condições atmosféricas ad- veis diferentes de complexidade. Por exemplo,
versas (com o reflexo do sol, neblina, neve, chu- em um cenário comum de frenagem de emer-
va, luz noturna etc.). gência em rodovias, um modelo simplificado é
suficiente, permitindo o estudo de uma série de
Uma estratégia abrangente combinações de eventos em um curto espaço de Figura 3. Ambiente
para simulação e testes tempo. Já num cenário mais dinâmico onde pode de sensores de
de condução autônoma ocorrer um evento de troca de pista abrupta para veículos autônomos
Em meio a uma série de aquisições como a evitar um acidente, será essencial utilizar um no Vires VTD (virtual
MSC Software e Vires VTD em 2017, Auto- modelo de Adams Car de alta fidelidade com o test Drive), parte do
Grupo Hexagon
nomouStuff em 2018, junto com a expertise e
domínio em sensores, soluções de cidades in-
teligentes e inteligência de posicionamento, o
Grupo Hexagon detém a liderança na validação
de condução autônoma. Incluem-se soluções de
domínios tais como: modelagem de veículo em
CAE, medição e comportamento de sensores,
criação de ambiente 3D, testes de cenários espe-
cíficos, gerenciamento de dados, motorista com
inteligência artificial (IA) e, acima de tudo, um
protocolo aberto para integrar tais aplicações.
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