Page 32 - Revista EAA - Edição 61
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TELEMÁTICA E INFOTAINMENT nária, o que facilitaria na troca de informa-
ções sobre reparo, por exemplo.
Conectividade é o futuro gia da conectividade também levantam
Todas essas questões sobre a tecnolo-
inúmeras dúvidas sobre a segurança e
aplicabilidade desses novos sistemas. “O
A conexão dos veículos, seja com a internet ou mesmo crescente uso do software e de eletrônica
outros veículos, já é realidade. O grande desafio está em embarcada nos automóveis têm transfor-
mado o veículo em um complexo sistema,
discutir legislações e normas capazes, além de sistemas que também agregam preocupações”, dis-
aptos de tornar essas tecnologias mais seguras se o mediador do painel, Flavio Sakai, dire-
tor de marketing da Harman.
esquisas encomendadas pelas fabri- acontecer pela tecnologia embarcada no O Brasil está atento a essas questões.
Pcantes apontam que 50% dos motoris- veículo ou pelo conceito do thetering (uso Segundo Rodrigo Amaral, especialista em
tas usam seus smartphones durante a con- do próprio celular para conectar)”. direção assistida da Fiat Chrysler no Brasil,
dução. Segundo o estudo, grande parte do Para Márcio Fabozi, chefe de vendas já existe uma comissão para tentar homo-
tempo do uso é direcionado às ligações. A da Sierra Wireless, o primeiro grande res- logar algumas frequências de radares para
navegação em redes sociais fica em segun- ponsável pela conectividade será o after- trazer tecnologias de conectividade e dire-
do lugar. “Esse dado, aliado ao número de market. “Existem fabricantes trabalhando ção autônoma para a realidade. Alexandre
acidentes, mostra que as fabricantes e os com esses sistemas, mas atualmente tam- Didoné, gerente sênior da Here!, empresa
sistemistas precisam criar soluções para bém é possível encontrar aplicativos fáceis especializada em mapas, também acredita
que essa conectividade não impacte na de usar nos veículos”, explicou. Fabozi cha- que, em 2018, muitos veículos terão o con-
segurança”, explicou David Gabriel V. Bor- mou a atenção para o aspecto da leitura trole autônomo (até 60 km), mas para que
ges, diretor da Ford Motor Company Brasil. desses sistemas por prestadores de serviço isso se torne realidade, a estrutura de ruas
De acordo com Luciano César Alakija como os reparadores, por exemplo: “Acre- e cidades precisará ser revista.
Palma, gerente de desenvolvimento de ne- ditamos que a plataforma de nuvem pode Além de infraestrutura e legislações,
gócios da Vivo, em uma pesquisa encomen- ser um meio de convergência entre todas Wilson de Souza Melo Júnior, pesquisador
dada por sua empresa, 80% dos usuários as partes envolvidas no processo de manu- e tecnologista do Inmetro (Instituto Nacio-
declararam que esperam ter carros conec- tenção do produto”. nal de Metrologia, Qualidade e Tecnologia),
tados em um futuro próximo e que sua ex- Outra tecnologia em estudo é o Car 2X, levantou outras questões durante o evento:
periência seja bem parecida com a que hoje apresentada por Daniel Yamamoto, enge- “Como atualizar software, evitar problemas
tem com um smartphone: “Acreditamos nheiro de aplicação da Vector. Graças a ela, de breakdown e ataques de hackers são al-
que até 2018, 46% dos veículos brasileiros por meio de uma tecnologia wireless, o au- gumas dúvidas que precisam ser esclareci-
estarão conectados. Nos EUA, esse número tomóvel pode estar conectado com a casa das e trabalhadas antes que carros autôno-
pode chegar a 80%. A conectividade pode do motorista e também com a concessio- mos estejam nas ruas”, finalizou. n
Luciano Marcio
Cesar Fabozi, Daniel
Alakija Yamamoto e
Palma David Gabriel
V. Borges
Flávio Sakai,
Wilson de Souza
Melo Junior,
Alexandre Didoné,
Rodrigo Amaral,
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