Page 24 - Revista EAA - Edição 62
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SALÃO CAPA
e atinge 150 km/h. No modo Hybrid os motores alternam-
-se para máxima economia; no Sport Hybrid o V-8 fica
sempre ligado, com os elétricos atuando para aceleração má-
xima. O modo Race Hybrid amplia o auxílio dos elétricos e
no programa mais esportivo, o Hot Lap (volta “quente”, rá-
pida), esses motores operam ao máximo, o que garante alto
desempenho em poucas voltas num circuito – a potência
combinada chega a 880 cv.
Outras marcas apresentaram modelos elétricos e hí-
bridos como demonstração de tecnologia, sem previsão de
vendas no Brasil. É o caso da Renault, que expôs dois carros De um minicarro
a eletricidade oferecidos hoje na Europa – o hatch com- elétrico, o Twizy,
pacto ZOE e o minicarro Twizy – e também uma versão a Renault Sport fez esta
conceitual do segundo. No Renault Sport Twizy F1 o mo- ágil versão de 97 cv com
tor elétrico é auxiliado por um sistema de recuperação de sistema de recuperação da
energia cinética (Kinetic Energy Recovery System, KERS), energia das frenagens
que regenera a energia das frenagens para ser usada como
reforço de potência, que passa de 17 para 97 cv.
No esportivo Honda NSX, que deve se tornar modelo
de produção em 2015, o motor V-6 central-traseiro vem
combinado a nada menos que três motores elétricos – um
integrado ao V-6 com tração traseira, outros para acionar as
rodas dianteiras. O resultado é o Sport Hybrid SH-AWD
(Super Handling All-Wheel Drive), um sistema de tração
integral eficiente e com vetorização de torque, pois os mo-
tores podem fornecer torque positivo ou negativo de modo
individual a cada roda da frente a fim de obter maior velo-
cidade em curvas.
Falta pouco para chegar às ruas o Honda NSX,
Outras alternativas que usa três motores elétricos para auxiliar o V6
Diferentes formas de obter eficiência também foram mos- a gasolina e produzir vetorização de torque
tradas no Salão. A Toyota aposta na célula de combustível
(fuel cell) com o FCV, que no primeiro semestre de 2015
será o primeiro veículo com essa tecnologia vendido em es-
cala comercial no Japão e, em seguida, nos Estados Unidos.
A Honda já ofereceu o FCX com célula de combustível ao
público anos atrás, mas por arrendamento sem oferta de
compra, dado o altíssimo custo do sistema.
A energia elétrica usada pelo motor provém da reação
eletroquímica entre hidrogênio (combustível pelo qual
é alimentado) e oxigênio. O carro conduz o oxigênio da
atmosfera a uma estação chamada membrana trocadora
de prótons (PEM, a sigla em inglês), para a qual o hidro-
gênio de dois tanques também é direcionado. A unidade
PEM divide o hidrogênio em duas moléculas e gera uma
corrente elétrica; ao mesmo tempo, o oxigênio se une às No Toyota FCV, a célula de combustível obtém
moléculas de hidrogênio, formando água. A energia elé- energia elétrica a partir de hidrogênio e oxigênio; o
trica é então direcionada ao conversor, que alimenta o mo- modelo começa a ser vendido em 2015 no Japão
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