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SALÃO                  CAPA





           e atinge 150 km/h. No modo Hybrid os motores alternam-
           -se para máxima economia; no Sport Hybrid o V-8 fica
           sempre ligado, com os elétricos atuando para aceleração má-
           xima. O modo Race Hybrid amplia o auxílio dos elétricos e
           no programa mais esportivo, o Hot Lap (volta “quente”, rá-
           pida), esses motores operam ao máximo, o que garante alto
           desempenho em poucas voltas num circuito – a potência
           combinada chega a 880 cv.
             Outras marcas apresentaram modelos elétricos e hí-
           bridos como demonstração de tecnologia, sem previsão de
           vendas no Brasil. É o caso da Renault, que expôs dois carros                        De um minicarro
           a eletricidade oferecidos hoje na Europa – o hatch com-                              elétrico, o Twizy,
           pacto ZOE e o minicarro Twizy – e também uma versão                           a Renault Sport fez esta
           conceitual do segundo. No Renault Sport Twizy F1 o mo-                       ágil versão de 97 cv com
           tor elétrico é auxiliado por um sistema de recuperação de                  sistema de recuperação da
           energia cinética (Kinetic Energy Recovery System, KERS),                       energia das frenagens
           que regenera a energia das frenagens para ser usada como
           reforço de potência, que passa de 17 para 97 cv.
             No esportivo Honda NSX, que deve se tornar modelo
           de produção em 2015, o motor V-6 central-traseiro vem
           combinado a nada menos que três motores elétricos – um
           integrado ao V-6 com tração traseira, outros para acionar as
           rodas dianteiras. O resultado é o Sport Hybrid SH-AWD
           (Super Handling All-Wheel Drive), um sistema de tração
           integral eficiente e com vetorização de torque, pois os mo-
           tores podem fornecer torque positivo ou negativo de modo
           individual a cada roda da frente a fim de obter maior velo-
           cidade em curvas.
                                                              Falta pouco para chegar às ruas o Honda NSX,
           Outras alternativas                                que usa três motores elétricos para auxiliar o V6
           Diferentes formas de obter eficiência também foram mos-  a gasolina e produzir vetorização de torque
           tradas no Salão. A Toyota aposta na célula de combustível
           (fuel cell) com o FCV, que no primeiro semestre de 2015
           será o primeiro veículo com essa tecnologia vendido em es-
           cala comercial no Japão e, em seguida, nos Estados Unidos.
           A Honda já ofereceu o FCX com célula de combustível ao
           público anos atrás, mas por arrendamento sem oferta de
           compra, dado o altíssimo custo do sistema.
             A energia elétrica usada pelo motor provém da reação
           eletroquímica entre hidrogênio (combustível pelo qual
           é alimentado) e oxigênio. O carro conduz o oxigênio da
           atmosfera a uma estação chamada membrana trocadora
           de prótons (PEM, a sigla em inglês), para a qual o hidro-
           gênio de dois tanques também é direcionado. A unidade
           PEM divide o hidrogênio em duas moléculas e gera uma
           corrente elétrica; ao mesmo tempo, o oxigênio se une às  No Toyota FCV, a célula de combustível obtém
           moléculas de hidrogênio, formando água. A energia elé-  energia elétrica a partir de hidrogênio e oxigênio; o
           trica é então direcionada ao conversor, que alimenta o mo-  modelo começa a ser vendido em 2015 no Japão

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