Page 50 - Revista EAA - Edição 64
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AEROESPACIAL
corresponde à quarta etapa de transferência de tecnologia e nacionalização do que foram incorporadas para melho-
conteúdo, realizando no Brasil as atividades da montagem, que inclui pacote de rar os processos de projeto e produção.
missão, pista e entrega. O contrato previa avanço em etapas e não existia ainda Em um laboratório próprio, o CSIB
uma estrutura de engenharia condizente. (Complete System Integration Bench)
As primeiras aeronaves entregues eram de um modelo mais básico (Common pode fazer o desenvolvimento e inte-
Basic Vehicle – CBV), em uma versão já conhecida, já certificada. Para se ter o gração de novos sistemas para missões
EC725, tiveram de ter o EC225 (versão civil de EC725) aprovado no Brasil pela completas. Hoje já são desenvolvidos
Anac. As três primeiras aeronaves EC725 vieram da França. Com a evolução da projetos na Helibras para a matriz em
linha de montagem, começou-se a fazer um pouco mais no Brasil e menos na menos tempo que lá. Até o processo de
França. Cada força solicitou a sua versão básica. A partir disso, vieram o desen- pintura é reconhecido dentro do grupo
volvimento de sistemas mais complexos para atender a cada força. como de mais alto nível. Da matriz, es-
Os objetivos dentro desse programa eram criar o centro de engenharia; torná- tão observando e incorporando novas
-lo perene e gerar especialização. Hoje, ambas aeronaves são totalmente mon- tecnologias, seja em materiais, proces-
tadas no Brasil. Com relação à nacionalização, o compromisso é atingir 50%. É sos e aerodinâmica.
um projeto que visa agregar valor. Há fatores que são intangíveis como a própria
estrutura de engenharia e capacitação, que vem dotar a Helibras de um elevado Modernizações
nível de desenvolvimento. A equipe técnica e de engenharia da empresa trabalha, A modernização dos helicópteros Es-
atualmente, no protótipo BRA05, trazendo ao Brasil as tarefas mais complexas quilo/Fennec e Pantera, por exemplo, é
entre todas as atividades já executadas pela empresa. O BRA 05 é a aeronave uma questão intrínseca à sustentabili-
protótipo para se chegar à versão operacional mais completa, inclusive do ponto dade do Centro de Engenharia.
de vista de armamentos. No caso do AS350 L1 Esquilo e
A Helibras tem se destacado no grupo em termos de representatividade téc- AS550 A2 Fennec, são equipamentos
nica. Existe o conceito de empresa estendida, capacidade instalada no Brasil, mas que surgiram junto com a Helibras e
podendo atender às necessidades mundiais para vários projetos. Existem produtos se tornaram sua espinha dorsal durante
e sistemas desenvolvidos na companhia que podem ser usados no grupo. Atual- muitos anos. O programa desenvolvido
mente, já é um braço de engenharia do grupo Airbus. O nível de conhecimento
e engenharia da empresa evoluiu muito, não só trazendo pessoal do exterior, mas
também com a evolução da própria equipe, atingindo um novo patamar técnico. Instalações de Itajubá,
Um bom exemplo é o uso do CATIA para projetos, além de outras ferramentas modernas e ampliadas
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