Page 31 - Revista EAA - Edição 67
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Rodrigo Chaves Emílio K. Matsuo Reinaldo Muratori Milton Lubraico Antônio Carnielli Jr.
ENGENHEIROS-CHEFES todas as plantas mundiais também é
essencial para que os processos sejam
O “x” da questão agilizados e, principalmente, melho-
rados. Para Milton Lubraico, diretor de
programas de produtos da Ford, traba-
lhar globalmente é a chave para trazer
A produtividade engloba todos os segmentos e precisa ser eficiência: “A busca por uma plataforma
pensada desde o início em qualquer projeto; além de estar global que tenha particularidades dos
mercados locais é o grande desafio para
integrada em todos os departamentos da companhia ser competitivo”. Hoje, a Ford trabalha
com oito plataformas mundialmente,
mas em seus processos de desenvolvi-
ara o sucesso de projetos das empresas cedores e obtendo validações graduais”. mento sempre está atenta à demanda
Pde automóveis, caminhões e aerona- Antônio Carnielli Jr., gerente de pro- dos mercados.
ves, é preciso pensar na produtividade e dutividade e tecnologia da Volkswagen É demanda que rege os negócios na
seus processos. Esse ‘X’ da questão é o que do Brasil, contou que ter dinamismo, MAN. Segundo Rodrigo Chaves, diretor
trará o sucesso do trabalho, tanto em épo- flexibilidade e eficiência é o grande de- de engenharia da empresa, os produtos
cas de maiores demandas quanto em mo- safio das fabricantes atualmente. “Pre- para a América do Sul têm necessidades
mentos de crise, nos quais todos os proces- cisamos apostar em ideias inovadoras especiais, diferentemente de mercados
sos precisam estar mais enxutos. que tenham a produtividade como pilar maduros: “Veículo de baixo custo, altos
Para Emílio Kanuzoli Matsuo, vice- principal. A Volkswagen apostou em impostos, diferentes combustíveis, ge-
-presidente e engenheiro-chefe da Em- tecnologia e processos”. Entre algumas renciamento da frota e rastreamento
braer, o desenvolvimento integrado do ações adotadas pela companhia, Car- são características do nosso mercado. E,
produto desde o início já define 85% do nielli apresentou o processo K-DPM, que uma empresa global precisa equacionar
valor do produto: “Isso mostra a impor- faz a interligação de todas as áreas e é todas essas questões e oferecer o me-
tância na fase de concepção do compo- um banco de dados que fica disponível lhor custo-benefício para o cliente. Os
nente, pois é nela que você define o seu para a VW no mundo inteiro. Além disso, desafios do engenheiro-chefe é atender
DNA”, explicou. O engenheiro mostrou ele explicou que todos os desenvolvi- a essa demanda e compatibilizar esses
que, no caso da Embraer, além de co- mentos de produtos começam a ser fei- produtos com os dois tipos de mercado:
meçar a pensar na produtividade desde tos na fábrica digital, que compreende maduros e emergentes. A flexibilidade
o início, foi preciso fazer uma revisão um conjunto de tecnologias e integram de produção modular e de plataformas
completa de todo o processo de desen- diversas informações em um ambiente é uma saída que gera benefícios”, fina-
volvimento: “Percebemos que tínhamos virtual. “Todo o processo pode ser fei- lizou. Mediou o Painel o diretor de pla-
muito retrabalho e adicionamos uma to em nossa fábrica digital, e isso reduz nejamento e engenharia da Mitsubishi
fase de rebalanceamento com fases já custos e antecipa problemas”, explicou. Motors, Reinaldo Muratori. [CM, DS, PL
definidas, integrando parceiros e forne- Um banco de dados acessados por e SP] n
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