Page 36 - Revista EAA - Edição 67
P. 36

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO                                            nheiro de Vendas da Zebra Technologies,
                                                                               como processo que se inicia com uma
           Revolução industrial                                                atividade originada por câmeras ou sen-
                                                                               sores que enviam dados para uma análise
                                                                               de onde se originam alternativas que vão
                                                                               gerar uma ação. Esse processo tem o obje-
           Especialistas colocam em pauta os conceitos                         tivo de gerar uma maior eficiência e, prin-
           e os desafios trazidos com o desenvolvimento                        cipalmente, uma melhor resposta para
                                                                               o usuário final. “Temos ativos pessoais,
           da “internet das coisas” e da Indústria 4.0                         corporativos e do poder público gerando,
                                                                               recebendo e tratando dados em tempo
                                                                               real. O uso inteligente dessas informações
              integração cada vez maior entre má-  comercial da ED2, que destacou o Product   pode culminar com a criação das  smart
          A quinas e pessoas proporcionada pela   Lyfe Cycle Management (PLM) como o prin-  cities, cidades que integram diversos sis-
           “internet das coisas” abre espaço para a   cipal processo a ser analisado antes de se   temas em benefício de todos que nelas
           transformação dos processos industriais   escolher qual tipo de inteligência uma em-  atuam”, analisou Levi.
           tradicionais. A fusão entre o ambiente real   presa deve adotar.       O diretor da Cidade do Conhecimento
           e virtual – possibilitada por tecnologias   Para Florian Gruber, SVP Sales & Industry   da USP, Gilson Schwartz, falou sobre o tra-
           capazes de gerar, receber e tratar dados   Leadership da T-Systems, na Indústria 4.0 a   balho realizado pelo Portal da Juventude,
           emitidos e recebidos em todas as etapas   cadeia de produção passa a ser uma rede   iniciativa promovida por uma parceria en-
           produtivas – pode otimizar desde a con-  e a digitalização passa a impulsionar so-  tre a Cidade do Conhecimento e a Secre-
           cepção e desenvolvimento de um produto   luções alternativas de mobilidade, novos   taria Municipal de Direitos Humanos e Ci-
           até o seu consumo.  E é esse cenário que   modelos de negócio, monitoramento em   dadania da cidade de São Paulo. “Além dos
           impulsiona a quarta revolução industrial,   tempo real dos produtos por ‘tagueamen-  serviços que o portal já disponibiliza para
           chamada também de Indústria 4.0, tema   to’ e uma melhor interface com os clientes.   promover o empreendedorismo e a mobi-
           do Painel de TI, mediado por Rogério   “Utilizar a internet das coisas já não é um   lização entre os jovens, serão disponibili-
           Albuquerque, gerente de desenvolvimen-  problema de tecnologia, mas um caso de   zadas, em breve, especializações em game
           to de negócios da Siemens.        negócio. Antes de começar, é preciso pen-  design, jornalismo e cidades inteligentes,
             “A Indústria 4.0 se caracteriza pela fle-  sar quais serviços devem ser endereçados   com o objetivo de promover capacitação
           xibilização das redes de produção, pela vir-  com a nova tecnologia e quais mudanças   para a utilização da internet das coisas na
           tualização em toda a cadeia e pelos siste-  organizacionais serão necessárias para   solução de problemas do cotidiano. A ci-
           mas cyber-físicos onde cada componente   essa transformação digital”, disse Florian.  dade que a gente quer vai vir de tecnolo-
           pode enviar ou interpretar dados necessá-  O fluxo de dados em um ambiente de   gias que temos consciência e para as quais
           rios para uma maior automação dos pro-  fusão entre o real e o virtual foi caracteri-  os jovens estão sendo preparados”, obser-
           cessos”, explicou Marcelo Buratini, diretor   zado por Levi Ferreira Lima Junior, enge-  vou Gilson.   [CM, DS, PL e SP] n




















                                                                                                                FOTOS DANIEL DEÁK



           Rogério Albuquerque  Marcelo Buratini    Florian Gruber      Levi Ferreira L. Jr  Gilson Schwartz

           36
   31   32   33   34   35   36   37   38   39   40   41