Page 34 - Revista EAA - Edição 58
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Fórmuila 1





           1                                 “consistente” neste fluxo, de acordo com os comissários da prova, o motivo da
                                             desclassificação de Daniel Ricciardo, da Red Bull, o 2º colocado na corrida de
                                             abertura do Mundial, na Austrália.
                                                u Câmbio: o câmbio robotizado passa contar com oito marchas (uma a mais).
                                             Porém, a principal novidade é que, também pra conter custos, os engenheiros
                                             não poderão reescalonar o câmbio de acordo com cada circuito, obrigando o uso
                                             das mesmas relações de marchas em todas as pistas. Cada piloto teve de comu-
                                             nicar antes da primeira etapa o escalonamento que vai usar ao longo de toda a
           2                                 temporada, e só será permitida uma alteração até a última prova.

                                             Chassi
                                             As novas regras de segurança e alterações aerodinâmicas dos carros resultaram
                                             em um desenho com nariz mais baixo, além das asas dianteira e traseira tam-
                                             bém reduzidas. Com essas medidas, a pressão aerodinâmica caiu de 10 a 15%,
                                             segundo as estimativas. Em função dos 145 kg da nova Unidade de Força (contra
                                             os 95 kg do V-8), o regulamento elevou o peso mínimo do monoposto com o
                                             piloto para 690 kg – sem os 100 kg de combustível –, uma diferença de 48 kg,
           3                                 se comparado ao do ano passado. Os pneus também apresentam novidades, mas
                                             embora mais resistentes, deverão tornar o trabalho de quem está atrás do volante
                                             ainda mais difícil.
                                                u Nariz: Para diminuir ou evitar os danos das batidas em “T” (quando a
                                             frente do carro atinge a lateral de outro em ângulo próximo a 90°) e diminuir
                                             o risco do monoposto ser lançado para o alto ao tocar no pneu traseiro do
                                             concorrente à frente, as novas regras exigem que o cone do nariz seja centra-
                                             lizado a 185 mm do solo (e 135 mm acima do assoalho), deixando-o muito
                                             baixo e próximo da altura da asa dianteira. Entretanto, esta medida de proteção
                                             compromete a aerodinâmica, por obstruir o fluxo de ar que passa sob o chas-
                                             si. Assim, na busca pelo melhor compromisso entre segurança e desempenho,
                                             cada equipe apresentou a própria solução, o que explica os formatos bastante
           4                                 “exóticos” do nariz de alguns carros.
           1. Asa dianteira mais estreita;         u Asa dianteira: Com o propósito de reduzir a downforce na dianteira do
           2. escape único e a 170 mm do chão;    carro, a largura da asa respectiva foi reduzida em 75 mm de cada lado, fi-
           3. novos protetores laterais suportam   cando com um total de 1650 mm; se por um lado isso significou um desafio
           até 40Kj de impacto; 4. Peso total   para os engenheiros manterem a aderência nas rodas dianteiras, por outro
           sobe para 690 kg; 5.  Aerofólio traseiro   a medida pode ajudar os pilotos a evitarem o contato com os outros carros
           20 mm mais baixo e sem asa inferior  durante as largadas ou disputas por posições. Fora isso, o regulamento exige
                                                que a asa seja sustentada por dois pilares, impossibilitando sua integração ao
                                        5       nariz do carro – solução comum na década de 1980.
                                                u Altura do monobloco: A fim de eliminar o controverso “degrau” na parte
                                             dianteira do carro (que provocou críticas à estética dos F-1, em 2012, e foi disfar-
                                             çado com uma cobertura, no ano passado), a nova regra reduz de 625 mm para
                                             525 mm a altura total da separação  (bulkhead) entre o monobloco e o nariz do
                                             carro. Para os pilotos, além da posição mais baixa para as pernas, a modificação
                                             também ajuda no campo de visão à frente.
                                                u Proteção lateral: a partir deste ano, os carros contam com um novo sistema
                                             de proteção contra impactos laterais, que reduz o potencial de danos em aciden-
                                             tes com ângulo oblíquo. A tecnologia desenvolvida pela Marussia, e otimizada
                                             pela Red Bull, em parceria com a FIA, se baseia na evolução do sistema tubular

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