Page 31 - Revista EAA - Edição 58
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interior bem-
                         disposto e atraente


           motor, agradável surpresa. O funcio-
           namento é irrepreensível em qualquer
           situação ou faixa de utilização, mo-
           vimentando com desenvoltura o car-
           ro de 1.414 kg em ordem de marcha
           e, melhor, consumindo pouco. Em
           uma viagem de São Paulo ao Rio de
           Janeiro, até Resende, o computador
           de bordo indicou consumo médio de
           10,3 quilômetros por litro de etanol à
                                             um dos comandos de válvulas, por sua vez alimentada por uma bomba elétrica
           velocidade regulada pelo controlador
           automático de 124 km/h e ar-condi-  para trazer o combustível do tanque. Para se ter ideia dessa pressão elevada; nas
           cionado ligado. No trânsito urbano, 7   injeções no duto, a pressão de injeção é de no máximo 6 bar.
                                                As vantagens da injeção direta referem-se ao tempo de admissão onde é aspi-
           a 8  km/l era obtido sem dificuldade.
             Evidentemente, a Ford encontrou   rado apenas ar, desse modo evita a perda de mistura ar-combustível pela válvula
           uma maneira de vaporizar o etanol:   de escapamento ainda aberta no final do seu tempo, o que reduz emissões e con-
           pressão de injeção elevada. Outros   sumo de combustível, além de serem possíveis múltiplas injetadas para atender
           fabricantes parecem seguir na mes-  aos determinados objetivos de combustão.
           ma direção, como a BMW com seu       Igualmente notável é a solução de partida a frio só com etanol no tanque,
           320i Active Flex, um 2-litros turbo   a estratégia de o motor “virar a seco” algumas voltas para aquecer o ar e as
                                             câmaras de combustão e só depois começar a injeção. Com isso, são dispensá-
           de 184 cv, mas que mostra a pujan-
           ça do motor Ford, que desenvolve   veis injeção de gasolina e todo o seu aparato (reservatório, bomba, tubulação)
           apenas 6 cv menos com aspiração   ou preaquecimento da galeria de combustível, mesmo em temperaturas de até
                                             10°C abaixo de zero.
           atmosférica. De qualquer maneira, o
           BMW é o primeiro motor turboali-     Com o motor Direct Flex, a Ford mostrou o caminho do futuro.   n
           mentando flex do mundo e esse mo-
           delo deverá ser produzido no Brasil
           na nova fábrica BMW, em Araquari
           (SC), ainda este ano.
             Depois de lançado o motor, com
           êxito, em conversas com outros jorna-
           listas, aventou-se a hipótese de a Ford
           ter dado tal informação no seminário
           “só para despistar” e confundir a con-
           corrência, o que refuto por não acredi-
           tar em uma atitude que não combine
           com  uma fabricante séria e  secular
           como é a Ford.
             A maneira de obter a vaporiza-
           ção do etanol foi injetar sob altíssima
           pressão, até 180 bar. Para isso, há uma
           bomba mecânica rotativa acionada por

                     o motor Duratec Direct
                          Flex no seu berço

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