Page 40 - Revista EAA - Edição 63
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TECNOLOGIA
Dynamic Steering, a manobra poderia
causar um efeito em `L´ depois de 20
metros”, complementa Franzon.
Nas estradas, o Volvo Dynamic
Steering leva ao aumento na estabili-
dade da direção, graças aos seus filtros
de distorções que amortecem as irre-
gularidades no pavimento da estrada,
como ondulações, rachaduras e bu-
racos, eliminando virtualmente a ne-
cessidade de todos aqueles pequenos
movimentos de correção do volante. O
sistema também detecta rapidamente
uma superfície de caimento acentuado
Tagesson, engenheiro de Desenvol- As qualidades do VDS são ou a ocorrência de vento lateral, com-
vimento da marca. “Com o Volvo exibidas em dois vídeos bem pensando automaticamente a trajetó-
Dynamic Steering você simplesmente criativos: o primeiro mostra que ria do veículo, o que até possibilitaria
põe o caminhão à ré e inicia a manobra até um hamster pode esterçar o ao motorista soltar suas mãos do vo-
com o mínimo esforço. Em seguida, é volante. No outro, Van Damme se lante, já que o caminhão não mudará
possível soltar o volante e observá-lo equilibra entre dois caminhões de direção até que o próprio condutor
se movimentar suavemente, até que em marcha a ré, para comprovar queira fazê-lo. Segundo a Volvo, isso
o caminhão endireite.” Além disso, se a estabilidade direcional faz a condução menos cansativa e mais
for preciso se deslocar à ré por um es- previsível, melhorando consideravel-
paço maior, a estabilidade de curso é mente a segurança nas estradas e o
tão eficiente que é possível manobrar conforto de quem dirige.
o caminhão e o reboque por mais de cem metros sem sair da trajetória. “Depois No mercado europeu, o Volvo
desta distância, você pode receber uma mensagem de que os eixos do reboque Dynamic Steering está disponível
não estão mais perfeitamente alinhados. Mas ao fazer a mesma coisa sem o Volvo para os modelos FH, FH16, FM e
FMX. No Brasil, a tecnologia VDS
está disponível para toda a linha F de
caminhões Volvo, no entanto, o foco
da empresa para este equipamento
está em seu modelo pesado rodoviá-
rio, o FH. De acordo com um porta-
-voz da empresa, é para este veículo e
esta aplicação que a nova tecnologia
faz mais sentido, e onde os seus be-
nefícios podem ser mais aproveitados
– como em operações de altas veloci-
dades e por causa da topografia típica
brasileira (aclives, declives e curvas).
Na última edição da Fenatran, em
novembro do ano passado, a tecnolo-
gia foi introduzida no mercado bra-
sileiro com a apresentação do Volvo
FH16, o caminhão mais potente do
mundo, com 750 cv, capaz de tracio-
nar 200 toneladas de PBTC. ■
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