Page 36 - Revista EAA - Edição 63

TECNOLOGIA

Quando o veículo à frente acelerar ou
Figura 2 deixar a pista, o ACC retoma a veloci-
Baseado na rede de sensores dade selecionada pelo motorista.
de proximidade, o sistema
de frenagem de emergência Detecção de sonolência
preditivo é ativado logo na do motorista
partida do veículo A condução monótona é particular-
mente cansativa e pode levar rapida-
mente a uma perda de concentração. A
transição entre estar cansado e cochilar
é sutil e, geralmente, não é percebida
pelo motorista. Cansaço e cochilos ao
volante são causas frequentes de aci-
dentes graves.
A influência do cansaço em aciden-
tes foi demonstrada em vários estudos.
Em 2010, a Associação de Automóvel
Americana (AAA) publicou uma aná-
lise baseada em dados de acidentes co-
de proximidade monitora a situação de condução à frente do veículo. Baseado letados pela Administração Nacional
nesses dados, o ACC pode detectar outros automóveis, calculando a distância, de Segurança de Tráfego em Rodovias
direção e velocidade relativa do veículo à frente. (NHTSA), mostrando que motoristas
Além disso, o ACC prediz o curso de seu próprio veículo e, assim, pode de- muito cansados ao volante representa-
cidir se algum dos carros à frente é relevante para o controle de distância. Quan- vam 17% de todos os acidentas fatais
do um automóvel em movimento mais lento é detectado à frente, ele adapta a nos EUA.
velocidade e mantém a distância mínima automaticamente: em diferenças de A perda de concentração e o can-
velocidade pequenas, reduz a aceleração e em diferenças de velocidade maiores, saço prejudicam o comportamento ao
freia moderadamente o veículo, por meio do controle eletrônico de estabilidade. dirigir e reduzem o tempo de reação
do motorista: as habilidades motoras
são comprometidas, a precisão ao diri-
Figura 3 O controle automático de cruzeiro adaptativo gir diminui e o motorista tem que fa-
(ACC) mantém distância segura do veículo à zer correções com mais frequência. A
frente e adapta a velocidade escolhida pelo detecção de sonolência (figura 4) ana-
motorista ao fluxo do tráfego lisa continuamente o comportamento
do motorista ao dirigir para identificar
as fases em que o condutor não dirige
por um breve momento, mas subita-
mente faz a correção.
O controle de sonolência combina
a frequência e a força dessas reações
com outros dados, tais como velocida-
de do veículo, hora do dia e uso de pa-
drões do piscar de olhos para calcular
um índice de cansaço. Se esse índice
for superior a um valor predefinido, o
motorista é avisado por um sinal visual
e/ou sonoro de que está cansado e que
corre o risco de cochilar no volante.

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