Page 54 - Revista EAA - Edição 63
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TECNOLOGIA





                                                                                     O cupê de alto desempenho
                                                                                     Lexus RF-C 2015, com motor
                                                                                      V-8 que alterna entre ciclos
                                                                                     Otto e Atkinson dependo da
                                                                                      carga, seria algo fantasioso
                                                                                               alguns anos atrás













           Motores de 2015 em ritmo



           de maremoto tecnológico





           ENGENHEIROS DE TREM DE FORÇA ESTÃO SE EMPENHANDO                    e B. E em uma comparação com os
           COMO NUNCA PARA ENCONTRAR NOVAS MANEIRAS                            híbridos plenos tipo paralelo, os mais
           DE TORNAR OS MOTORES LEVES MAIS ECONÔMICOS                          recentes motores a gasolina e câmbios
           SEM COMPROMETER O DESEMPENHO                                        vêm mostrando seu valor.
                                                                                  Em meio a esse renascimento
                                                                               do motor a gasolina, a  Automotive
           TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO AUTORIZADA DE “2015 ENGINES RIDE A TECHNOLOGICAL TIDE WAVE”,   Engineering destaca alguns dos mais
           MATÉRIA PUBLICADA NA REVISTA AUTOMOTIVE ENGINEERING INTERNATIONAL ONLINE, VOL. 1, N° 8,
                                                                               significativos motores de carros leves e
           4 DE NOVEMBRO DE 2014, TEXTO DE LINDSAY BROOKE E TRADUÇÃO DE BOB SHARP.
                                                                               a tecnologia respectiva que estão che-
                                                                               gando ao mercado em 2015.
           À medida que 2015 vai chegando, o uso de motores de ciclo Atkinson em car-
           ros não híbridos, taxas de compressão típicas de motores Diesel aplicadas em   Atkinson e Otto se encontram
           motores a gasolina com sofisticadas EGR arrefecidas, árvores de comando de   Para quem perdeu o paper SAE 2014-
           válvulas de baixo atrito por meio de rolamentos e sistemas de superalimentação   01-1192, publicado pela  Toyota em
           com acionamento elétrico mostram como a indústria está se dedicando firme-  abril último, continha um pequeno
           mente a achar soluções para enfrentar os novos desafios legais. Enquanto isso,   manifesto. O maior fabricante de au-
           ainda há lugar para o fantástico V-8 de comando no cabeçote, de 717 cv, dos   tomóveis do mundo (N.d.T.: posição
           Chrysler mais potentes.                                             perdida para Grupo VW no final de
             Na Europa, a tendência dos motores dos carros leves é sair da panaceia   2014) quer aumentar a eficiência tér-
           dos motores Diesel que lideram o mercado desde os anos 1990. Os níveis de   mica ao freio (BTE, a sigla em inglês)
           emissões Euro 6 estão, finalmente, se aproximando daqueles dos Estados Uni-  de seus motores a gasolina para além
           dos, tornando os motores de ignição por compressão e seu elaborado sistema   de 40%, contra os motores atuais de
           de pós-tratamento cada vez mais caros. Os motores de ignição por centelha   BTE 30 a 35%. A mais notável en-
           estão com estonteantes e elevadas taxas de compressão, bem acima de 12:1,   tre as tecnologias empregadas para
           motores turbo de baixa cilindrada são cada vez mais elogiados pela imprensa   atingir esse objetivo é o primeiro uso  FOTOS SAE INTERNATIONAL
           automobilística e a diferença de consumo ente gasolina e diesel está diminuin-  pela  Toyota do ciclo de combustão
           do, com as últimas análises indicando cerca de 10% nos carros das classes A   Atkinson em carros não híbridos.


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