Page 21 - Revista EAA - Edição 86
P. 21

FOTOS DIVULGAÇÃO

































           O uso dos caminhões elétricos pesados se dará em um futuro um pouco mais distante


             Em condomínios, deve-se consultar o projeto do empreendi-  co mais complexo e uma obra mais dispendiosa para expandir a
           mento para adequar o carregador à instalação. Em alguns casos,   rede a partir do medidor individual de cada apartamento até a
           o registro das recargas é feito de forma individual, contando com   vaga de garagem do morador [1][2].
           recursos disponibilizados pelos fabricantes do carregador [1] [2].  Alguns condomínios optam por soluções centralizadas,
             A capacidade de carga da bateria é variável de acordo com o   como a instalação de um eletroposto compartilhado, com con-
           tipo de veículo. O consumo de energia é calculado em função da   trole de acesso por um cartão de identificação por radiofrequ-
           bateria e do tempo necessário para a recarga, isso determinará os   ência (RFiD), que reconhece o CPF do usuário previamente
           condutores necessários para suprir a energia. Sempre é obriga-  cadastrado, ou por aplicativos de celular. O ponto de recarga
           tório um circuito exclusivo ou dedicado com dimensionamento   deve contemplar um sistema que direciona a cobrança da ener-
           adequado de condutores, além do sistema de aterramento.   gia consumida a cada unidade que efetua a recarga [1][2].
             A queda de tensão entre a origem da instalação e o ponto   Outro aspecto importante é a localização do ponto de recarga
           de conexão para a recarga do veículo elétrico não deve ser   e os riscos de sua instalação estar sujeita a algum tipo de dano
           superior a 5%.                                      físico, como a colisão com o equipamento; nessa situação deve ser
             Em local de fácil acesso próximo ao ponto de recarga, instala-se   previsto o uso de barreira física ou reposicionamento adequado
           o disjuntor, além das proteções contra descargas atmosféricas (ou   para mitigar o risco sem alterar muito a distância, deixando-o
           sobretensões) e contra choques elétricos.           próximo ou com melhor acesso ao veículo a ser recarregado.
             Tanto carros elétricos quanto híbridos plug-in são comercia-
           lizados com carregador que possibilita a recarga por um cabo co- E a recarga de caminhões e ônibus
           nectado em uma tomada de três pinos de capacidade compatível.  elétricos, onde fazer?
             Também é possível instalar um wallbox, ou carregador de   Estudos apontam que a mobilidade elétrica no Brasil se ini-
           parede, que  é fornecido  com o cabo  de alimentação  e com   ciará pelo uso urbano e no transporte público.  São várias as ci-
           conectividade Wi-Fi para o controle da carga e do consumo,   dades, como São Paulo, Campinas e Curitiba, que já utilizam
           mas com circuito exclusivo e um disjuntor diferencial residual   ônibus elétricos ou híbridos como solução para a mobilidade
           (DR). A potência de cada unidade varia entre 3 kW e 7 kW,   urbana, a fim de reduzir as emissões de gases poluentes e pela
           podendo alcançar até 22kW.                          eficiência dos motores elétricos, que supera o desempenho dos
             Em edifícios antigos, ou construídos sem número suficiente   motores a combustão. Já a utilização de caminhões elétricos se
           de tomadas nas garagens, a instalação exigirá um projeto elétri-  dará num futuro mais distante, mas não tanto, se considerada

           abril/maio/junho                                                                                 21
   16   17   18   19   20   21   22   23   24   25   26