Page 33 - Revista EAA - Edição 63
P. 33
E-bus Sombra
Peso Ordem de Marcha (kg)* 25.960 15.120
aos trólebus e híbridos desenvolvidos Percurso (km) 3.562 3.173
pela Eletra. Número de viagens 135 111
O motor de tração, arrefecido à Passageiros 15.557 17.986
água, com potência máxima de 400 Peso médio em operação por viagem (kg) 32.131 22.956
kW, foi desenvolvido para atender ao
Consumo total 8.654,5 kWh 2.710 l
projeto, com sistema de fixação espe-
27.054,8 kW•h (Obs.2)
cial e baixo peso. O inversor de tração,
Eficiência energética 2,43 kW•h/km 0,85 l/km
também arrefecido a líquido, modelo
8,53 kW•h/km
CFW11T (compacto e leve), é des-
Peso total transportado (t) 4.337,7 2.548,1
tinado especialmente para veículos
Consumo específico por tonelada (kW•h/t) 2,00 10,62
como ônibus, VLTs, trens e cami-
Custo (R$) 4.480,79 (Obs.3) 5.921,35 (Obs.4)
nhões. O conjunto é complementado
Custo por km (R$/km) 1,26 1,87
pelo motor do compressor, bomba hi-
Custo por tonelada (R$/t) 1,03 2,32
dráulica, inversores do sistema de ar-
-condicionado e motores auxiliares. * Os pesos médios em operação por viagem do E-bus e do sombra foram estimados
A energia do E-bus é fornecida por
14 baterias de íons de lítio, com capa- tindo migrar de uma fonte de energia para outra no mesmo veículo, ou seja, ofere-
cidade de carga total de 224 kW•h, cendo a flexibilidade de transformar uma frota de trólebus em E-Bus e vice-versa.
garantindo autonomia operacional de Sobre os custos de implantação, a Eletra afirma que, hoje, o sistema trólebus
200 km. Para serem recarregadas total- leva vantagem sobre o sistema do E-Bus, quando comparados os custos da rede
mente, por meio de sistema plug-in, as aérea com os de baterias e estações de recarga. Com o avanço da tecnologia de
baterias, que ficam no teto, necessitam baterias e de estações de recarga rápidas, além da redução de custos, o E-Bus será
de três horas; mas o E-Bus também o transporte ideal para os centros urbanos de todas as cidades grandes e médias.
possui dispositivo para recargas rápi- Contudo, segundo a Eletra, a implementação do E-Bus depende de políti-
das nos terminais, através de um polo cas públicas e do fortalecimento da cadeia de produção nacional para fabricar
instalado sobre o veículo, que levam 5 as estações de recarga e montagem das caixas de baterias no Brasil. A empresa
minutos, assegurando mais 11 km de entende que o Poder Público tem um papel fundamental no estímulo a esse
autonomia. Dessa forma, ao final de processo, com incentivos que vão desde a nacionalização de componentes até
cada viagem, o ônibus recebe a carga a licitação do sistema de transporte. ■
rápida de energia no terminal, enquan-
to os passageiros embarcam. Fora do Energia limpa: o
horário de pico, a carga é completada. E-bus é alimentado
O sistema elétrico do E-Bus tam- por 14 baterias de
bém é alimentado por meio da frena- lítio (foto), com
gem regenerativa, possibilitada pelo capacidadetotal de
inversor WEG. O equipamento per- carga de 224 kW•h.
mite que, quando os freios são aciona- A autonomia
dos, o motor elétrico se torne um ge- operacional
rador, fazendo com que a energia que é de 200 km
seria desperdiçada na frenagem seja
reaproveitada e armazenada no ban-
co de baterias. Durante esse processo,
os freios são poupados, contribuindo
para a redução dos custos de operação.
A tecnologia desenvolvida pela
Eletra tem como princípio utilizar o
mesmo sistema de tração do trólebus,
do elétrico híbrido e do E-Bus, permi-
33